A periodicidade que obrigaria concluir todo o processo da reforma política do Brasil até outubro do corrente ano, portanto um ano antes das eleições de 2012, indica que a reforma só vai prevalecer para as eleições de 2014. O que está em discussão é a reforma política e não eleitoral. E a tendência é acabar com a reeleição de prefeitos, governadores e Presidente da República e fixar os mandatos em cinco anos, sendo que o dos senadores ainda não está definido será reduzido para cinco anos, ou se será prorrogado por mais dois e assim propiciar eleições gerais.
A opinião é do Senador da República Eduardo Braga (PMDB), e foi externada nesta segunda-feira, 23, na Câmara Municipal de Manaus, onde fez uma panorâmica sobre o processo de reforma política. Existem 100 projetos de Leis na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senador Federal, dispondo sobre a reforma em curso emendas, informou o senador, sinalizando como pontos polêmicos, o voto misto distrital, majoritário, lista fechada, fim das coligações e financiamento público das campanhas eleitorais.
As 100 matérias existentes na CCJ, segundo Braga foram divididas em dois blocos, sendo que as mais polêmicas terão que serem votadas até o dia 25 de junho e, as demais deverão ser votadas até o dia seis de julho, para em seguida serem encaminhadas a Câmara dos Deputados. O senador Eduardo Braga declarou que o seu partido tem posição clara na defesa do voto majoritário, acrescentando que tudo o que for aprovado deverá passar pelo referendo popular.
A vereadora Lúcia Antony (PC do B), defendeu o financiamento público das campanhas eleitorais, como forma de permitir a sobrevivência dos pequenos partidos e seus candidatos. O vereador Massami Miki (PSL), alertou o senador Braga, para a proposta defendida pelo peemedebista e vice-presidente da República Michel Temer, que é o voto distrital. Conforme Miki, a forma de votação eleitoral foi instituída no Japão em 1940 e extinto em 1990, porque não favorecia a consolidação do processo democrático de direito. O vereador Marcel Alexandre (PMDB), defendeu a realização de plebiscito para evitar o caciquismo político. Vários correligionários do PMDB, inclusive do interior participaram da palestra, prestigiada pela deputada federal Rebecca Garcia (PP).
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