segunda-feira, 6 de julho de 2009

Regularização dos mototaxistas



Regularização dos mototaxistas é discutida na ALE em audiência pública

Diariamente, em torno de 120 mil pessoas são transportadas por mototaxistas em Manaus, que possui 6 mil profissionais trabalhando na capital e 49 no Estado. A garantia é do presidente do Sindicato dos Mototaxistas do Estado do Amazonas (Simotan), Miguel Alves da Silva, que hoje (6) participou de uma audiência pública na Assembléia Legislativa para reivindicar a regularização profissional da categoria, que está em tramitação no Senado Federal.
De autoria da deputada Therezinha Ruiz (DEM), a audiência foi dirigida pelo deputado Adjuto Afonso (PP) e contou com a presença de várias autoridades locais entre os quais, o diretor de transporte do Instituto Municipal de Transporte e Trânsito (IMTT), Ayr José, o diretor municipal de Trânsito, coronel Audo Alburqueque, além de deputados e sindicalistas ligados ao setor.
No fim dos trabalhos, ficou definido que será encaminhado pela ALE ao presidente do Senado, José Sarney, um requerimento – com o aval dos deputados desta casa legislativa- solicitando que o projeto seja colocado em pauta para votação antes do recesso parlamentar.

Pressão dos profissionais

Milhares de mototaxistas lotaram o plenário e as galerias da ALE nesta manhã para expressar o desejo de se regulamentarem, luta reivindicada pela categoria há quase dez anos. Segundo Miguel Alves atualmente existem no Brasil mais de 2,5 milhões de mototaxistas que estão esperando pela regulamentação da profissão. “São pais de famílias que pagam impostos e querem prestar um melhor serviço para a população”, disse.
Segundo Alves, a regulamentação desses profissionais irá gerar mais imposto para o município, melhor segurança na cidade porque a lei vai exigir a regulamentação profissional e consequentemente uma melhoria no trânsito.
Aos que apontam esses profissionais como os causadores de acidentes, o sindicalista disse que não existe estatística nenhuma nos institutos de trânsito comprovando que os mototaxistas são os maiores responsáveis pelo grande número de acidentes de trânsito. “A prova é que milhares de pessoas utilizam diariamente os serviços dos mototaxistas, como meio de transporte, para irem para seus empregos, escolas, bancos, etc”, disse Alves, ressaltando que as corridas variam de R$ 2,00 (nos bairros) a R$ 10,00 (de uma zona para a outra). “Dos 60 municípios, em 54 existem pessoas trabalhando na profissão e estão lutando para ter seus direitos reconhecidos”, completou.

Espaço definido

O diretor de transporte do Instituto Municipal de Transporte e Trânsito (IMTT), Ayr José, disse que se a lei for regulamentada vai haver um espaço determinado para o trânsito de mototaxistas, que são a Zona Leste e parte da Zona Norte. Dentro dessa divisão irá operar o sistema de mototaxistas que já é uma realidade do Estado do Amazonas. “Ninguém pode fechar os olhos de que hoje na cidade de Manaus, pois os mototaxitas são utilizados como transporte alternativo. Ocorrendo a normatização da lei no Senado Federal, o serviço será mantido nas mesmas áreas da cidade e o município irá tomar as providencias cabíveis com relação à regulamentação desses profissionais”, disse.
Segundo o diretor municipal de Trânsito, coronel Audo Albuquerque o sistema de transporte coletivo da capital amazonense está desregularizado e que o prefeito Amazonino Mendes está buscando esse ordenamento.

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