Foto: José Garcia
Ângelus denuncia juiz por agressão à esposa
O deputado Ângelus Figueira (PV) denunciou hoje (10), da tribuna, a violência doméstica nos lares amazonenses tendo como vítima desta vez Leonor Alves da Conceição, espancada e ameaçada de morte pelo próprio esposo, o juiz Celso Antunes da Silveira Filho, responsável pela aplicação da lei no município de Manacapuru.
De posse da cópia de um Boletim de Ocorrência (BO) da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher, o parlamentar solicitou ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça que apurem o fato e enquadrem o agressor e representante do Poder Judiciário nos rigores da Lei Maria da Penha.
Segundo Figueira, além das ameaças de morte a vítima denunciou, na delegacia, que o juiz bastante exaltado bradou sobre seu arrependimento de não ter contratado um policial para matar a esposa com tiros na cabeça. No entender de Figueira, essa ameaça caracteriza indício de crime organizado. “Entendo que o Tribunal de Justiça está na obrigação de tomar providências, pois nas ameaças do juiz fica claro seu domínio sobre pistoleiros do crime organizado”, declarou.
Para o deputado Ângelus Figueira está se tornando comum o espancamento de mulheres, no Amazonas, sem a punição dos agressores até por conveniência da própria vítima. “O que foi denunciado pela imprensa, neste caso, foi ignorado e nada aconteceu ao agressor. No entanto, desta vez tive o cuidado de apresentar um Boletim de Ocorrência para reafirmar o que aconteceu e solicitar os rigores da lei”, afirmou.
Em aparte, o deputado Libermam Moreno (PHS) lembrou que nos últimos anos o governo estadual vem propalando um investimento maciço no setor da segurança pública, mas continua lendo a divulgação de crimes bárbaros, sendo também incluída a violência doméstica. Em seguida, fez elogios ao desempenho do atual comandante da Polícia Militar, coronel Dan Câmara, homem de confiança do governador Eduardo Braga.
-- Apesar disso, estou na obrigação de comentar a última determinação do comandante da PMAM para o período de Carnaval, que diz que os eventuais bandidos presos no período seriam apenas orientados espiritualmente e não presos. “O Poder Legislativo precisa também orientar o governo, pois é notório que os bandidos perderam o respeito e temor pela polícia. Estamos no salve-se quem puder”, concluiu LIberman.
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