O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, anunciou oficialmente na tarde desta sexta-feira a manutenção da prisão do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM, atualmente sem partido). O ministro negou um pedido de liminar feito pelos advogados de Arruda para que fosse revogada a prisão preventiva decretada ontem pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Arruda está desde quinta-feira preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, acusado de tentar subornar uma testemunha que iria depor no inquérito da Operação Caixa de Pandora, da PF. Essa operação investiga o escândalo do mensalão no governo do Distrito Federal. Segundo a assessoria de imprensa do Supremo, o pedido de revogação da prisão precisa agora ser analisado pelo colegiado do tribunal, em sessão a ser definida.
Transferência
Outros três acusados de tentativa de obstrução da Justiça foram transferidos da carceragem da Superintendência da PF para a Penitenciária de Brasília - conhecida como Presídio da Papuda. O ex-secretário de Comunicação do governo do Distrito Federal Wellington Moraes, o ex-diretor da Companhia de Energia de Brasília (CEB) Haroaldo Brasil de Carvalho e um sobrinho de Arruda, Rodrigo Arantes, se apresentaram depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão preventiva deles.
Já se encontra na Papuda o conselheiro do Metrô Antonio Bento, primeiro a ser preso por causa da tentativa de obstruir as investigações da Justiça sobre o esquema de corrupção chamado de "Mensalão do DEM".
Dos cinco acusados de tentativa de obstrução da Justiça, a PF já considera foragido o deputado distrital Geraldo Naves (DEM), ex-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Advogados de defesa de Naves comunicaram à PF que o deputado se apresentaria na manhã desta sexta-feira, mas até agora isso não aconteceu
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