Os 513 deputados federais eleitos gastaram uma média de R$ 9,72 por voto para se eleger. No total, os parlamentares desembolsaram R$ 567 milhões na campanha. O custo do voto na Câmara foi três vezes e meia o valor do voto para o Senado (R$ 2,15).
A campeã em gastos foi a deputada eleita Teresa Jucá (PMDB-RR), ex-mulher do senador Romero Jucá (PMDB-RR): foram R$ 7,2 milhões. O montante representa uma vez e meia o valor gasto pelo segundo colocado, Sandro Mabel (PR-GO), que desembolsou R$ 4,8 milhões.
Cada voto conferido à deputada custou, em média, R$ 248,83. É o maior valor registrado no país. No total, Teresa gastou nove vezes mais que o valor que ganhará como deputada pelos quatro anos de mandato (cerca de R$ 792 mil, sem contar verbas indenizatórias e benefícios).
O gasto de seus futuros colegas custou, em média, R$ 1,1 milhão.
Os 88 deputados petistas foram os que mais gastaram, em números absolutos, entre os partidos. Foram R$ 103 milhões. A bancada mais cara, porém, é a do PMN. Os quatro deputados eleitos gastaram, em média, R$ 1,59 milhão.
Logo em seguida, aparece a do PSDB, com gasto médio de R$ 1,56 milhão para cada um dos 53 eleitos.
Campeão nacional de votos, o deputado eleito Tiririca (PR-SP) teve um dos menores gastos. Cada um de seus 1.353.820 votos custou R$ 0,50. Foram R$ 677 mil, no total, quase a metade da média nacional.
Segundo deputado mais votado do país, o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ), desembolsou bem mais: R$ 2,5 milhões, num total de R$ 3,70 por voto.
A campeã em gastos Teresa Jucá ajudou a classificar Roraima com os votos mais caros do país. Cada voto para a Câmara custou, em média, R$ 104 --quase nove vezes o valor da média nacional.
O eleitor da Paraíba foi o mais "barato" entre os Estados: os 12 deputados eleitos do Estado gastaram uma média de R$ 4,06 por voto.
O voto do eleitor de São Paulo para a Câmara custou, em média, R$ 9,92 --muito próximo à média nacional.
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