Álcool e Direção não combinam!

Em pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), em parceria com o Centro de Prevenção às Dependências (CPD) e patrocínio do Ministério da Saúde e Prefeitura do Recife. Revelou que em Manaus cerca de 23% dos casos  de acidentes de trânsito na capital amazonense tiveram como principal causa o consumo de bebida alcoólicas. Neste parâmetro, Manaus só perdeu para Recife e Fortaleza, entre as seis capitais pesquisadas (Recife, Manaus, Fortaleza, Brasília, São Paulo e Curitiba).

Na capital amazonense, 82,3% dos envolvidos aceitaram fazer a coleta de sangue para mensurar a quantidade de álcool. Na média das cidades pesquisadas, essa proporção foi de aproximadamente 73% e oscilou entre 85,8%, em Curitiba, e 57,5%, em Fortaleza.

O estudo, intitulado ‘Consumo de álcool e os acidentes de trânsito’, foi divulgado, ontem, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na programação do lançamento do ‘Plano da Década de Ação de Segurança no Trânsito 2011/2020’.

De acordo com a pesquisa, em Manaus os pedestres constituíram a segunda maior proporção de acidentados (20,6%), seguidos pelos passageiros de motocicletas (15%). Os motociclistas ocuparam o primeiro lugar (36,2%).

O que não difere muito do quadro nacional, no qual prevaleceram os homens (74,2%), jovens (entre 20 e 29 anos), com escolaridade média (até o 2º grau ou médio), solteiros (55,4%), morenos ou pardos (56,5%), e na sua maioria desempregados ou desocupados seguidos por estudantes, motociclistas e ciclistas de entregas rápidas.

Os acidentes acontecem principalmente nos fins de semana aos sábados e domingos, que, juntos, somam 31,8% dos casos, seguidos das terças-feiras (15,6%) e das sextas-feiras (14,4%). Os horários em que ocorrem mais acidentes são das 13h às 18h (37,5%),  das 7h às 12h (25%) e das 19h às 24h (21,9%). As colisões são responsáveis por 28% dos acidentes, seguidas pelos atropelamentos (24,7%) e os abalroamentos (14,9%).

Na maioria das vezes os acidentes ocorrem em Manaus quando as vítimas estão indo ou voltando do trabalho (32,3%), de casa (31,6%) e do lazer (24,1%).  Mais da metade dos veículos envolvidos em atropelamentos são automóveis particulares (53,1%), seguidos das  motocicletas (31,3%).

A pesquisa mostra que, em Manaus, 91,4% dos motociclistas envolvidos em acidentes usavam capacete, mas quase metade dos motoristas não utilizava o cinto de segurança (45,5%), o maior índice entre as capitais pesquisadas.  As motocicletas respondem por 51,1% dos veículos em que o passageiro se encontrava na hora do acidente na cidade. Os automóveis particulares representam 34%.  No caso dos automóveis, 95% dos passageiros não utilizavam cinto de segurança na hora dos acidentes.  No casos das motocicletas, 74,1% utilizavam o capacete