quarta-feira, 9 de maio de 2012

Mengo abre portas para Bruno reativar contrato e espera decisão da Justiça



Após o advogado de Bruno afirmar que o goleiro pode ser solto em cerca de três semanas e aumentar a expectativa por um possível retorno aos gramados, o vice presidente jurídico do Flamengo, Rafael De Piro, abriu as portas para que o jogador reative seu contrato com o clube. O dirigente admitiu que o rubro-negro pode receber o atleta assim que ele deixar a prisão e aguarda as determinações judiciais sobre a liberdade para analisar melhor o caso.
De Piro deixou bem claro que as coisas ainda são tratadas no terreno da hipótese, mas disse que o clube nunca pensou em rejeitar o goleiro. Segundo o vice jurídico, o Flamengo apenas evita se manifestar por entender que a possibilidade era remota e o caso pouco esclarecido.
"Diante dessa possibilidade dele ser solto, vamos analisar com calma. E, se ele quiser, vamos recebê-lo. Jamais podemos fechar a porta nesse caso. Ele teve o contrato suspenso, mas podemos muito bem reativar", disse Rafael De Piro, explicando ainda quais são as restrições judiciais que precisam ser esclarecidas para que Bruno volte ao Flamengo.
"Vamos sentar e ter toda boa vontade para ter o retorno, mas precisamos entender como será essa liberdade. Temos que saber se ele poderá se ausentar da comarca onde está sendo julgado [Minas Gerais] e se poderá dormir fora de casa durante esse período", esclareceu o vice jurídico do clube carioca.
Questionado sobre as reais possibilidades da Justiça dar um parecer favorável a Bruno, o advogado do Flamengo se mostrou otimista. "É bem possível que tenhamos essa autorização. Por todo o apelo do caso, creio que a Justiça possa liberar ele dessas restrições de comarca. Além disso, não vejo muitos motivos para ele continuar preso. Vamos ver o que o STF vai decidir de maneira oficial nos próximos dias", opinou De Piro.
O crime
Bruno é acusado de participar do sequestro, assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, sua ex-amante, com quem teve um filho. Desaparecida desde 2010, seu corpo até hoje não foi encontrado pela polícia.

Das dez pessoas envolvidas, outras cinco também foram denunciadas pela Justiça de Minas Gerais, na Comarca de Contagem, por homicídio triplamente qualificado. A pena máxima em caso de condenação pode chegar a 30 anos de reclusão. Dos denunciados, apenas Bruno, o amigo Macarrão (Luis Henrique Romão) e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, permanecem presos, desde 2010. Os demais aguardam o julgamento em liberdade.

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