sexta-feira, 31 de maio de 2013

Câmeras ajudarão a elucidar assassinato de jornalista

TABATINGA - AM: A delegada Fernanda Cavalcante da Costa, responsável pela investigação do assassinato da radialista Lana Micol Cirino Fonseca, ocorrido no último domingo (26), solicitou as imagens das câmeras de segurança dos estabelecimentos comerciais que estão na rota que, provavelmente, percorreram os autores dos disparos. Além do comércio local, as imagens foram pedidas a agências da Caixa Econômica e do Banco do Brasil e de uma unidade da Polícia Federal, que também ficam nas proximidades do local onde ocorreu o crime.

Lana era coordenadora da Rádio Nacional do Alto Solimões, em Tabatinga (AM), emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Ela estava na casa do namorado, Alan Bonfim Barros, com a filha mais nova, de 7 anos, quando foi baleada. Os três tomavam banho de piscina na calçada, em frente ao portão de entrada da casa, quando dois homens se aproximaram em uma moto, atiraram e fugiram. Alan tentou socorrê-la, mas, ao chegar ao hospital da cidade, Lana já estava sem vida. Ela também deixou um filho de 11 anos.
Esta semana, o principal suspeito de ser o mandante do crime, o ex-marido de Lana, Edimar Nogueira Ribeiro, foi transferido para o presídio da cidade. Ele estava na carceragem da delegacia de Tabatinga desde o último dia 28, quando se apresentou depois de ter sido procurado para prestar depoimento. Edimar foi procurado ainda no domingo, quando os policiais contataram amigos e parentes de Lana. Apesar de ter se comprometido a comparecer à delegacia, ele, inicialmente, desapareceu e parou de atender aos telefonemas da polícia. Os investigadores chegaram a encontrar a casa dele abandonada e com as portas e as janelas abertas.
Depois, nessa terça-feira, ele foi à delegacia acompanhado de uma advogada. Diante de um inicial sumiço e, com informações dadas pela família de Lana sobre as agressões de Edimar enquanto estavam casados e pelo fato de ele não concordar com o pedido de separação apresentado à Justiça no ano passado, além de constantes ameaças à ex-mulher, a delegada Fernanda Cavalcante passou a considerar o ex-marido da radialista como principal suspeito da autoria do crime. Ela não acredita que Lana tenha sido morta por causa de sua profissão.

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