MANAUS – A maior cota deste ano do nível do rio Negro em Manaus chegou a 29,06 metros, nesta sexta-feira (24). Segundo a medição diária feita na estação fluviométrica da Agência Nacional de Águas (ANA). A marca aproxima-se da décima maior cheia registrada na história da cidade: 29,11 metros, em 23 de junho de 1975, e está 91 centímetros abaixo da maior enchente do rio: 29,97 metros, em 29 de maio de 2012.
O monitoramento do nível do rio em Manaus ocorre desde 1902. No último dia 21, o rio Negro superou a cota de alerta para inundação estabelecida pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Com isso, áreas mais baixas da capital amazonense ficam sujeitas a inundações e a Prefeitura de Manaus prepara ações de minimização de efeitos da cheia.
Segundo estimativa do CPRM, o pico da cheia do rio, que geralmente acontece em junho, pode chegar a até 29,46 metros.
Nesta quinta-feira (23), a Prefeitura decretou estado de emergência na cidade. A decisão ocorreu baseada em relatório feito por órgãos municipais apontando que vários bairros começaram a sofrer com a subida das águas do rio Negro. A assinatura do decreto aconteceu logo depois que o prefeito recebeu o documento, devidamente avalizado pela Procuradoria Geral do Município e pelo Gabinete Civil.
A situação de emergência abre um precedente para pedido de recursos financeiros ao Estado ou União e vale por 90 dias. De acordo com o prefeito Arthur Neto, o pedido de homologação do quadro que se encontra Manaus está feito ao Governo Federal, que deve liberar recursos para auxiliar as famílias mais prejudicadas na cidade.
Monitoramento
O Governo do Amazonas planeja, até 2014, instalar 40 estações de monitoramento dos rios em vários pontos no Estado. Desde o início do mês de abril deste ano, foram instaladas quatro estações, uma delas em Manaus, na central de abastecimento de água da Ponta do Ismael, na zona oeste. Outras seis estações estão em fase de instalação no interior.
As unidades serão controladas pelo Centro de Monitoramento, administrado pela Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH), para auxiliar o acompanhamento do fluxo das águas no Amazonas. As informações vão melhorar o trabalho de prevenção dos efeitos das cheias e vazantes dos rios, além de ajudar na análise da qualidade das águas da região.
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