MANAUS - Com muitas escalas, tempos de voos longos e custo das passagens acima das outras metrópoles, aeroportos e passageiros do Amazonas sofrem com logística da aviação brasileira. Em estudo divulgado esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utilizando dados de 2010 da Agência Nacional de Aviação (Anac), Manaus foi a metrópole com o maior tempo médio de viagens. Quem sai de Manaus para outras localidades do país, perde em média 23% do seu dia se locomovendo.
Para quem utiliza aeroportos do interior o tempo é ainda maior. Quem utiliza o aeroporto de Tabatinga, por exemplo, chega a perder 77% do dia se locomovendo, podendo chegar até 21 horas. O custo de uma viagem a partir de Manaus também é dos mais caros. Em média a passagem para viajar através do Aeroporto Eduardo Gomes sai no valor de R$ 388,73. Embora seja a cidade do norte com o maior fluxo de passageiros, 2,1 milhões, o valor da passagem é 19,13% superior ao de Belém com R$ 335,91.
Quem sai de Tabatinga, gasta em média R$ 1.300. Belo Horizonte possui a passagem mais barata, com R$ 186,23, seguido por São Paulo com R$ 209,24. Em tempo de viagem, com mais ou menos 8 horas, Manaus também perde para Belém, que apresenta tempo médio equivalente a 18% do dia. Brasília, por sua posição central no país tem o menor tempo de viagem com perda apenas 8% do dia se locomovendo, seguido por São Paulo com 9%.
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE a Região Norte possui os centros menos conectados, da onde não é possível acessar a outras cidades diretamente. Com isso o número de escalas aumenta, elevando o tempo de viagem e prejudicandoa aviação, tendo em vista que a utilização do meio é procurada, sobretudo, por sua agilidade e velocidade de locomoção. O mesmo acontece com o valor da passagem, que por transportar o passageiro por maior período tende a ficar mais cara.
Segundo os dados do IBGE, apenas 2,4% das cidades brasileiras tem voos regulares. O estudo analisou 877 pares de ligações, num total de 71,8 milhões de passageiros. Praticamente 50% do tráfego de passageiros se concentrava em somente 24 pares de cidades, nenhum deles
envolvendo o Amazonas. O estudo também avaliou que o fato de uma cidade ser servida por um aeroporto com voo regular mostra sua centralidade. Assim, as quatro cidades do Amazonas que possuem aeroporto com voos regulares, Tefé, Parintins, Tabatinga e Manaus acabam por exercer uma considerável área de influência, atraindo os usuários dispersos em seu entorno.
envolvendo o Amazonas. O estudo também avaliou que o fato de uma cidade ser servida por um aeroporto com voo regular mostra sua centralidade. Assim, as quatro cidades do Amazonas que possuem aeroporto com voos regulares, Tefé, Parintins, Tabatinga e Manaus acabam por exercer uma considerável área de influência, atraindo os usuários dispersos em seu entorno.
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