“Vou até uns 90. Será que eu chego? Oitenta está bom”, sorriu o ex-jogador de 55 anos. “Muita gente fala que vai vencer e não vence, mas eu vou. Vou tentar de todos os modos. É um tumor pequenininho, mas malvado. Se deixar, vai embora, mas não vou deixar. Esse tumor não vai me pegar nem a pau.”

Mesmo assim, Oscar procurou demonstrar bastante otimismo. Brincou durante toda a entrevista, concedida após uma sessão de radioterapia. A rotina do ex-jogador de basquete, que já voltou a executar seu trabalho como palestrante motivacional, tem também quimioterapia.
“Para começar, é um mês de tratamento. São 30 sessões de radioterapia lá no (Hospital Albert) Einstein, de segunda a sexta, menos nos feriados. A quimioterapia é via oral, todos os dias. Depois disso, vou fazer novos exames para ver os próximos passos”, explicou.
É provável que a quimioterapia tenha sequência, ainda que com uma frequência menor. “Não tem problema. Eu faço o tratamento que for necessário, abro a cabeça quantas vezes for preciso. Esse tumor pegou o cara errado. Vou dar uma rasteira nele. Vou matá-lo”, assegurou Oscar.
Apesar da confiança, o craque diz ter total consciência da gravidade da situação. Ele não negou ter medo de morrer, “como 90% das pessoas”, porém disse chegar satisfeito à atual etapa de sua vida, com um adversário bastante perigoso dentro de sua cabeça.
“O que tiver de ser será. Minha vida foi tão bonita, repleta. Queria agradecer a todos que mandaram mensagens de apoio. Nunca soube que era tão querido. Notícia ruim é que dá sucesso”, brincou o Mão Santa, antes de voltar a chutar os prognósticos negativos. “Quer saber? Não me interessa. Não me interessa minimamente. Estou disposto a vencer o tumor.”
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