MANAUS – A possível greve de professores da rede estadual e municipal de ensino, “marcada” para começar, nesta quinta-feira (23), está descartada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), Marcus Libório. Em meio a negociações com o governo estadual e a Prefeitura de Manaus, a categoria acredita estar próxima de uma das principais reivindicações dos professores: aumento salarial de 15%.
O diretor do departamento de gestão de pessoas da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas (Seduc/AM), Newton Pedri, informou que o salário de professores é de R$ 1.345 (20h semanais) e R$ 2.690 (40h).
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Manaus divulgou que professores que trabalham 20 horas semanais ganham R$ 1.122,64, mais R$ 200 de auxílio-alimentação e R$ 132 de vale-transporte. Já os que trabalham 40 horas recebem R$ 2.445,27 de salário-base, mais R$ 300 de auxílio-alimentação e R$ 132 de vale-transporte.
Com o governo estadual, após três reuniões, a contra-proposta chegou em 12%, sendo 6% de ajuste na data base da categoria (1º de março) e mais 6% para repor inflação. “Como a nossa data base já passou, receberemos o retroativo de março, abril e maio no fim das negociações, que devem se encerrar na próxima reunião com o governador, na próxima quinta-feira (dia 30 de maio)”, detalhou Libório. O líder sindical estima que os 12% da contra proposta governamental serão acatados pela categoria.
Com a rede municipal de educação, os professores negociam o mesmo percentual com o titular da Secretario Municipal de Educação, Pauderney Avelino. A data base municipal, 1º de maio, também garantirá pagamento retroativo ao fim das negociações. Nesta quinta-feira (23), o Sinteam recebe a contraproposta da Prefeitura. Além de melhoria salarial, a categoria reivindica maior orçamento para a educação, saúde laboral e plano de carreiras para os trabalhadores da educação.
O presidente do sindicato dos professores disse que decretar greve é o último recurso, quando não há diálogo. “Para uma paralisação, teríamos que ter feito assembleias, trâmites jurídicos e mobilização entre os professores, mas nada disso aconteceu”, garantiu o presidente do Sinteam.
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