O primeiro a responder foi o presidente da CUT, Vagner Freitas:
- A Juventude da CUT está convocando para manifestação de amanhã. Entramos sim.
- Na Força, estamos chamando para uma assembleia sobre mobilidade urbana, com parada em fábricas da Zona Sul, disse o sindicalista Miguel Torres, da Força Sindical.
O ex-presidente continuou coçando seu bigode. Nada retrucou. Ele chamara as centrais para uma reunião, como antecipou 247, para discutir "conjuntura". E quando todos se sentaram em sua sala, os relatos eram todos sobre o momento político sacudido pelas marchas estudantis.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, velho conhecido de Lula, fez um apelo:
- O prefeito precisa fazer um gesto, senão não tem jeito, referindo-se a Fernando Haddad, pupilo do ex-presidente.
- O prefeito precisa fazer um gesto, senão não tem jeito, referindo-se a Fernando Haddad, pupilo do ex-presidente.
A reunião, iniciada às 14h30, prosseguiu até 16h30, o que fez com que o ex-presidente, fanático por futebol, não assistisse a primeiro tempo do jogo Brasil e México. O clima dentro do Instituto Lula era de total concentração sobre o quadro político.
Rouco de tanto ouvir neste encontro, como se diz, Lula, que efetivamente pouco falou, lembrou aos sindicalistas um dado da economia, no sentido de pedir compreensão e apoio para a politica macroeconômica em curso:
Rouco de tanto ouvir neste encontro, como se diz, Lula, que efetivamente pouco falou, lembrou aos sindicalistas um dado da economia, no sentido de pedir compreensão e apoio para a politica macroeconômica em curso:
- Estamos vivendo um regime de pleno emprego, com 5 ponto de desemprego apenas, citou Lula.
O ex-presidente, ressabiado com a disposição das centrais aderirem efetivamente aos protestos, teve tempo suficiente, a partir da conclusão do encontro, para telefonar ao prefeito Fernando Haddad e transmitir seus comentários. Aos sindicalistas, repita-se, Lula mostrou-se muito preocupado com os efeitos políticos e sociais das manifestações.
A partir daí, o que se tem é que Haddad, que sustentara um discurso técnico-orçamentário durante toda a crise aberta por sua decisão de não revogar, na terça-feira 18, conforme sugestão da unanimidade dos conselheiros da cidade, o reajuste das passagens, foi ao Palácio do Bandeirantes e, pasmem!, quem faturou com o recuo foi o governador Geraldo Alckmin, do PSDB.
Ao seguir Alckmin, Haddad fez, finalmente, um discurso político, dizendo que o gesto de dar um passo atrás era a favor do diálogo.
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