A repórter do blog em Coari (exclusiva) - Mais de 6,7 mil pessoas em Coari se preparam para trabalhar na campanha eleitoral que irá eleger o novo prefeito da cidade. Segundo o calendário oficial do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), a data para o início da campanha começa nesta quinta-feira e termina três dias antes da eleição, marcada para o dia 20 de setembro.
A cidade de Coari passará por novo pleito em função da cassação dos mandatos do prefeito Rodrigo Alves (PP) e do vice-prefeito Leondino Coêlho (PTB) por abuso de poder político e econômico no caso da doação de mais de quatro mil brindes às mães coarienses em maio de 2008.
O número de trabalhadores que irá se dedicar à política na cidade equivale a mais de 10% da população de Coari, segundo a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para este ano, que é de 66.991 habitantes. São milhares de pessoas, entre desempregados e servidores públicos sem receber há mais de quatro meses, interessados em ganhar até R$ 400 para vender a imagem dos candidatos Vicente Lira (PR) – candidato de Adail Pinheiro e Rodrigo Alves - e Arnaldo Mitoso (PR), que faz oposição a atual gestão.
Os coordenadores de campanha (que preferiram não ter os nomes divulgados) afirmaram que as primeiras localidades que eles irão visitar durante a campanha serão as 62 comunidades rurais espalhadas pelo município. Contudo, é nessa região que se encontra os maiores problemas de infra-estrutura de moradia, falta de perspectiva de produção na agricultura e é onde milhares de alunos estão sem estudar desde janeiro deste ano, quando a cheia tomou as escolas. Desde essa época, os alunos não retornaram por conta da falta de pagamento dos professores.
A líder comunitária da comunidade Santa Rosa, Maria Carmem Lira, 42 anos, disse que a população do local não quer mais ouvir promessas que nunca poderão ser cumpridas. “Há três eleições os políticos vêm aqui e prometem água encanada e esgoto para nossa gente. Votamos neles e os homens desapareceram”, afirmou Carmem, referindo-se ao grupo do ex-prefeito Adail Pinheiro. Adail foi indiciado pela Polícia Federal (PF), no ano passado, por suspeita de desviar recursos da Prefeitura de Coari, entre outros crimes.
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