Hissa Tambaqui Abrahão (PPS).
Foto: José Garcia
Da assessoria: Para atender uma reivindicação de trabalhadores diaristas que possuem filhos matriculados em escolas públicas de Manaus, o vereador Hissa Abrahão (PPS) elaborou uma indicação ao prefeito Amazonino Mendes (PTB) que pede o fim do pagamento antecipado da meia-passagem. Hissa foi, hoje, a tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM) falar sobre os problemas enfrentados por pais que não recebem remuneração diariamente, como empregada domésticas e estivadores, e por isso não têm condições financeiras de adiantar o pagamento da meia-passagem dos filhos.
O parlamentar tentou convencer os vereadores da base aliada na Câmara, que são maioria na Casa, para reforçar a necessidade do retorno do pagamento em dinheiro no ato da entrada no ônibus. “Quero chamar os colegas vereadores a olharem a necessidade de pais de famílias que não recebem remuneração fixa mensal e não podem desembolsar certas quantias a cada 30 dias para o pagamento do vale-transportes de seus filhos”, afirmou.
Hissa observou, ainda, as dificuldades encontradas pelos estudantes para a compra dos vales-transportes como a distância dos pontos de vendas e as constantes filas para a aquisição dos passes estudantis. “Nem sempre existe um ponto de venda próximo à casa do aluno e muitas vezes ele precisa se deslocar e até pegar um transporte coletivo para chegar ao local de venda do passe estudantil”.
O vereador lembrou também que até agora só o prefeito Amazonino Mendes foi beneficiado com as concessões de todos os pedidos feitos pelos empresários de ônibus. “O prefeito conseguiu o aumento da meia-passagem e a redução do número de passes estudantis. Acho que agora é vez da população ser beneficiada com o fim do pagamento antecipado da meia-passagem”.
A diarista Conceição Gonçalves, 35, disse que os filhos deverão ficar prejudicados este mês, porque ela não terá a quantia para pagar antecipadamente o passe estudantil. “Antes o dinheiro da passagem dos meus filhos era conseguido na hora em que eles iam para a escola. Isso porque a gente sempre priorizou o pagamento da alimentação. Agora, a situação ficará mais difícil”.
A mesma preocupação tem o carregador Mário Oliveira, 32. Ele disse que muitas vezes não é viável para a família se deslocar para comprar R$ 5 a R$ 10 de passes estudantis. “Não posso deixar de trabalhar para passar a manhã numa fila para comprar R$ 5 de passes estudantis. Esse sistema criado pela prefeitura prejudicou muito os trabalhadores diaristas”.
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