Figueira preocupado com H1N1.

O aumento do desemprego no país e da gripe A (H1N1) são, na opinião do deputado Ângelus Figueira (PV), resultado do descaso do governo brasileiro com as políticas públicas. Ele chamou a atenção para estes temas hoje (27), no plenário da Assembleia Legislativa.

Quando a crise global atingiu o Brasil, em setembro do ano passado, Figueira disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se referiu ao assunto como "uma marolinha" e que o povo brasileiro não se preocupasse que tudo estava sob controle.

“Estamos no oitavo mês com o desemprego em crescimento e, agora, somos apontados como sendo dos países em desenvolvimento, o número um em desemprego”, disse. Na opinião do deputado, essa questão não foi tratada como deveria pelo governo brasileiro, que preferiu entrar pelo caminho do discurso e as famílias brasileiras é que estão sofrendo as conseqüências da crise. “A realidade nos lares brasileiros é essa: desemprego, falta de políticas públicas”, insistiu.

Quanto a ‘gripe suína’, Ângelus Figueira afirmou que o Brasil passa a ser o número um em morte se comparado aos demais países. Quando a gripe surgiu, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o próprio presidente Lula afirmaram que ‘estava tudo sob controle’. “E hoje somos o número um em morte ocasionada pela doença”, lamentou.

Meio ambiente


O deputado fez um resumo de toda essa situação para mostrar que a falta de políticas públicas atinge todos os setores, inclusive, o ambiental.

Segundo ele, nos últimos 30 dias Manaus só teve 10% da chuva média que ocorria na região, ou seja, caiu 90%. “Isto é fruto do problema climático e nos precisamos abordar isso, o governo brasileiro precisa tratar o assunto com muito mais seriedade”, defendeu.

Ângelus Figueira está propondo uma audiência pública, na Assembléia Legislativa, com cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e de outros institutos de pesquisa para discutir assuntos climáticos e outros inerentes à temática, a fim de levar ao conhecimento da população todas essas questões.

“Para evitar que aconteça como ocorreu com o desemprego e a ‘gripe suína’, que não foram tratados com a devida responsabilidade que precisa”, assinalou Figueira.