Em visita realizada, na última semana, a seis municípios do Alto Solimões, o deputado estadual Abdala Fraxe (PTN) constatou descaso por parte do Governo Federal com a cidade de São Paulo de Olivença (a 988 quilômetros da capital). Segundo o deputado, o município permanece enfrentando o desbarrancamento da frente da cidade e a promessa do repasse de R$ 80 milhões para reconstrução da área atingida, até o momento, não foi cumprida pelo Governo Federal.
Abdala Fraxe afirmou que, atualmente, em razão da cheia do rio Solimões a frente da cidade, onde ainda vem ocorrendo o fenômeno de ‘terras caídas’, está submersa, o que impossibilita que as autoridades locais tomem alguma atitude preventiva, mas a grande preocupação é a chegada do período de vazante. “Em algumas partes da cidade já é possível ver as rachaduras e a nossa preocupação é que quando as águas começarem a baixar novas tragédias aconteçam”, ressaltou.
Hoje, na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado cobrou dos parlamentares da bancada federal do Amazonas em Brasília que levem a situação do município à presidente da República, Dilma Roussef (PT). “Se era para não dá, era melhor não prometer. Até hoje, a Prefeitura daquele município conseguiu reconstruir de 20 a 30 casas atingidas, mas com o recurso do Governo do Estado”, enfatizou Fraxe.
O deslizamento de terra na cidade de São Paulo de Olivença ocorreu no dia 11 de outubro do ano passado, durante o período crítico da estiagem. O fenômeno atingiu mais de 50 casas e deixou mais de 300 pessoas desabrigadas. Na época, por conta dos deslizamentos, a Prefeitura do Município decretou situação de emergência.
Santo Antônio do Içá quer polo da UEA
Abdala Fraxe informou, ainda, que durante a ida ao Alto Solimões, a comunidade do município de Santo Antônio do Içá (a 1.115 quilômetros da capital) expôs a necessidade de implantação de um polo de ensino da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) naquela localidade, já que a unidade que atende aos universitários do município está localizada na cidade de Tabatinga (a 1.607 quilômetros de distância da capital).
De acordo com o deputado, para chegar ao município de Tabatinga, os estudantes levam, em média, seis horas de viagem de voadeira. Por esse motivo é que estes alunos passam toda a semana ou até o mês inteiro longe de suas casas, em casas alugadas ou de conhecidos, para estarem mais próximos do seu polo de ensino.
O deputado destacou que para os estudantes dos municípios como Amaturá, Tonantins, Jutaí e São Paulo de Olivença, a construção de uma unidade de ensino em Santo Antônio do Içá também diminuiria a distância e a logística utilizada para chegar ao município de Tabatinga, que atende ao Alto Solimões. Fraxe afirmou que irá levar o assunto ao reitor da UEA, José Aldemir de Oliveira.
Resultado
Em março deste ano, o parlamentar propôs ao Governo do Estado, por meio de requerimento, a criação de um projeto de lei que institua o Programa de Auxílio para os alunos da UEA que residem fora dos municípios onde estão localizados os polos de ensino da instituição. Conforme o deputado, o reitor da universidade já estuda a medida e a estimativa é que o valor do auxílio seja de R$
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