Lei das calçadas é ignorada por órgãos públicos

Em meados de 2012, uma pesquisa apontou que Manaus tem as piores calçadas do país

Em frente à Câmara Municipal, árvores atrapalham passagem de pedestres

Que as calçadas de Manaus são um grande problema já não é novidade para ninguém, os pedestres dividem o pouco espaço destinado a eles com veículos e vendedores ambulantes. Mas não é só nos bairros que a situação é grave, os órgãos públicos, nas principais vias da cidade também descumprem a Lei de n° 674Q/02 é completamente ignorada. A lei é complementar de uma norma federal que estabelece em calçadas de áreas comercias em cinco metros, enquanto a lei complementar em Manaus, além disso, estabelece pelo menos 1,20m para calçadas em áreas residenciais.

Câmara de vereadores, Prefeitura, Delegacias, Secretarias e até mesmo os órgãos de fiscalização de transito fogem da regra. Na Câmara Municipal de Manaus, zona Oeste, árvores colocadas na calçada, impedem o fluxo de pedestres no local. Em Petrópolis, zona Sul. o 3° Distrito Integrado de Polícia (3° DIP), usa o espaço para fazer de estacionamento de funcionários e viaturas. Em frente ao Hospital Prontocord, na Avenida Álvaro Maia, zona Centro Sul, os pedestres simplesmente não tem vez, o que está reservado às pessoas transitarem sempre está ocupado por carros.

Em meados de 2012, uma pesquisa apontou que Manaus tem as piores calçadas do país. Calçadas de boa qualidade são um equipamento fundamental para a mobilidade urbana sustentável. Além da importância para o transporte, as calçadas funcionam também como um sensor da qualidade de urbanização de uma cidade, mas se fossemos contar apenas com o bom senso da população estamos perdidos.

Projetos de mobilidade

Dois grandes projetos de mobilidade urbana serão executados pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação (Seminf), nos próximos meses. Trata-se dos programas “Calçada Feliz” e “Nova Manaós”.

De acordo com o secretário, o projeto “Calçada Feliz” começará a ser executado a partir de junho, quando o período de chuvas cessa na região. O programa vai reparar, reformar e construir calçadas na capital. 

Já o projeto “Nova Manaós” será executado no ano que vem, após a liberação da verba por intermédio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo Hissa, o investimento será de US$ 200 milhões, No momento, o programa está em fase de análise.