quarta-feira, 27 de março de 2013

Lula é possível candidato ao governo de São Paulo



Um a um, os pré-candidatos do PT foram analisados, de maneira curta e objetiva, pelo homem que irá dizer que vai concorrer pelo partido ao cargo de governador de São Paulo, no próximo ano. Mas o ex-presidente Lula, em entrevista ao jornal Valor Econômico, não encheu a bola de nenhum de seus correligionários, ao contrário, esvaziou a maioria dos postulates. Deixou, ainda, aberta a possibilidade de o PT apoiar um candidato "palatável" do PMDB. Mesmo sem dizer o nome, esse político é o vice-presidente Michel Temer.
Pelo que disse e o que não disse, fica reforçada no ar a possibilidade de Lula vir a ser o candidato de Lula, em 2014, ao governo de São Paulo. "Nós nunca tivemos tanta chance de ganhar a eleição em São Paulo como agora", disse ele às jornalistas Vera Bramdimarte, Cristiane Agostini  e Cristina Fernandes. Ao final, Lula admitiou seu candidato a presidente e 2018, para o caso de a presidente Dilma Rousseff concorrer no próximo ano à reeleição. "Estarei com 72 anos (...). Vai que de repente eles precisam de um velhinho para fazer as coisas (...). Em política a gente não descarta nada".
Sobre os postulantes do PT, Lula mais queimou do que insensou os pré-candidatos ao partido, iniciando por dizer que "a gente não tem definição de candidato ainda". Sobre cada um, disse o seguinte:
MERCADANTE
"Você tem o Aloizio Mercadante, que não última eleição teve 35% dos votos, portanto ele tem performance razoável", sentenciou.
PADILHA
"Tem o (Alexandre) Padilha, que é uma liderança emergente no PT, que está em um ministério importante (da Saúde)".
MARTA
"Tem a Marta, que eu penso que não vai querer ser candidata desta vez".
MARINHO
"Tem outras figuras novas como o Luiz Marinho, que diz que não quer ser candidato".
CARDOZO
"Tem o José Eduardo Cardozo, que vira e mexe alguém diz que vai ser candidato".
PMDB
"E você pode construir alianças com outros partidos políticos. Para nós, a manutenção da aliança com o PMDB aqui em São Paulo é importante".
ALIANÇAS
"A minha tese é a mesma da eleição do Fernando Haddad. Ou seja, alguém que se apresente com capacidade de fazer uma aliança política além dos limites do PT, além dos limites da esquerda".
Antes da escolha de Haddad para ser candidato a prefeito de São Paulo, a principal tese defendida por Lula era a de que o partido precisava de alguém que representasse "o novo". Agora, Lula diz que a tese era da capacidade de ampliação de alianças, mas não foi isso que ele disse antes. A adaptação do discurso se dá em benefício do próprio Lula, que não cabe no novo, mas é talhado para o figurino de aumentar o arco de alianças tradicionais do seu partido.
Quem melhor que Lula, dentro do PT, para fazer essa composição?
Ao que parece, Lula é mesmo o candidato de Lula para governador de São Paulo, em 2014.
"Como é cedo ainda, temos uma ano para ver isso", disse ele, sobre a definição do nome.
O tempo dirá.

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