Em entrevista ao Valor, publicada nesta quarta-feira, o ex-presidente Lula descreveu um a um possíveis candidatos do partido ao governo de São Paulo, em 2014. Mais queimou do que promoveu. E ainda, insistiu na importança em manter alianças para garantir a reeleição de Dilma Rousseff – mesmo que isso custe a candidatura petista em Estados estratégicos como São Paulo e Rio de Janeiro. Disse que o partido deve prezar pela manutenção da aliança com o PMDB e aproximar-se do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab e do PTB.
A declaração desagradou o PT paulista. Para o presidente estadual do PT, deputado Edinho Silva, o partido tem as melhores condições entre os aliados para concorrer contra o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará a reeleição. "O próprio Lula disse que o PT nunca teve tanta chance de ganhar em São Paulo. Isso não significa que o partido vai se fechar para o diálogo com os aliados", afirmou Edinho.
O deputado federal Paulo Teixeira, integrante da executiva nacional petista, também disse que a "tese de Lula não se confirma em São Paulo". "Queremos manter aliança com o PMDB, mas o PT terá candidatura própria em 2014. O partido tem os nomes mais competitivos", declarou. Segundo Teixeira, a chapa petista poderia ter na vice tanto o PSD de Kassab quanto o PMDB do vice-presidente da República, Michel Temer.
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