O Manauara Shopping continua interditado pela Prefeitura de Manaus por tempo indeterminado. Nesta terça-feira, 1o de outubro, os superintendentes do centro de compras, Rodrigo Galo e Fredson Dourado, juntamente com advogados e engenheiros, reuniram-se com o diretor-presidente do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), o arquiteto Roberto Moita, e a vice-presidente, Cristiane Sotto Mayor. Eles trataram de detalhes e procedimentos que devem ser adotados antes da desinterdição do prédio.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, esteve no shopping na segunda-feira e constatou diversas infiltrações e novos riscos de desabamento do teto de gesso. O presidente do Implurb acompanhou a fiscalização. O Amazonas Shopping também recebeu notificação, pois uma parte do gesso do teto desabou durante o temporal registrado no dia 30.
Para voltar a abrir as portas, o Manauara terá que apresentar um laudo pericial expedido por um engenheiro, que assinará junto ao Conselho Regional de Engenharia do Amazonas (CREA-AM) um termo de responsabilidade. O profissional teve ter especialização em avaliação e perícia, um ramo da engenharia. Este laudo vai apresentar as medidas de segurança que o shopping deverá adotar, segundo análise do perito, e quais soluções serão tomadas para que a obra realizada no telhado do empreendimento possa ocorrer em consonância com a operação do shopping, sem provocar insegurança para os clientes e funcionários.
Só após a entrega do laudo e a análise pelo Implurb, é que o Manauara poderá abrir as portas, sendo desinterditado. “O problema é a convivência da obra no telhado com o funcionamento do shopping e todos os clientes embaixo. A preocupação maior é com a segurança. Sucessivos eventos de desprendimento de forro e alagação mostraram não existir uma boa relação entre a gerência de obra e a segurança para o funcionamento do empreendimento”, disse Roberto Moita.
Reunião
Durante a reunião no Implurb nesta manhã, os superintendentes apresentaram uma série de medidas que já estavam em andamento, mas que foram consideradas insuficientes e não convincentes para a solução pretendida para o caso, de ter um estabelecimento que ofereça condições seguras de uso.
Em razão disso, colocou-se a necessidade do laudo, que dará substância técnica, com informações sobre as condições da obra, do prédio e todas as medidas que serão propostas, assim como a gerência das mesmas no dia a dia, acompanhadas pelo responsável técnico.
“O shopping continua interditado e a Prefeitura tem tomado posições para garantir a integridade da população. A superintendência ficou de apresentar o laudo amanhã (nesta terça, dia 2), que será analisado conforme a consistência da perícia e vistoria. A segurança é a nossa maior preocupação”, falou o presidente do Implurb, lembrando que a interdição não foi assodada, mas fruto de uma sequência de fatos ao longo do ano, que demonstraram que a cada situação crítica o shopping apresentava-se inseguro. Os problemas encontrados na segunda são os mesmos que se repetem nos últimos seis meses, em maior ou menor grau.
O Implurb já fez pelo menos outras três fiscalizações no empreendimento, inclusive uma notificação quanto ao vazamento de telhado e desprendimento de forro. “Pedimos que eles tomassem medidas para que o problema não voltasse a acontecer e com a última chuva não vimos medidas de contingência”, falou Moita..
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