O desembargador federal Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, determinou hoje (02) a remessa da Operação Miquéias ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo é apurar a participação dos deputados federais Waldir Maranhão Cardoso (PP-MA) e Eduardo Gomes (PSDB-TO) com o suposto esquema de desvios de recursos de fundos previdenciários e lavagem de dinheiro liderado pelo doleiro Fayed Traboulsi.
O STF é o foro para investigações e abertura de processo criminal relacionados a parlamentares.
Os dois deputados federais aparecem nas investigações "por encontros fortuitos". Dessa forma, a delegada da Polícia Federal Andréa de Pinho Albuquerque, da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal (PF), pediu o envio das informações ao STF.
Eduardo Gomes está licenciado do mandato de deputado federal para exercer o cargo de secretário dos Esportes e Lazer do governo de Tocantins.
Durante a investigação, a PF interceptou conversas entre Fayed e os dois parlamentares. Há ainda, segundo a decisão do desembargador federal, indícios de pagamento de comissão aos deputados como sugerem anotações registradas em uma agenda de Fayed, apreendida por promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), na Operação Infiltrados, ocorrida em maio.
A Infiltrados apurou a influência de Fayed entre policiais civis do DF e levou à prisão do doleiro em março e de dois delegados, Sandra Silveira e Paulo César Barongeno.
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