quarta-feira, 1 de julho de 2009

CPI da Pedofilia



Magno Malta é corajoso, diz Luiz Castro

Da assessoria: O deputado Luiz Castro (PPS), que acompanhou o trabalho da CPI da Pedofilia criada pelo Senado durante os dois dias em que esteve no Amazonas, definiu o senador Magno Malta ( PR-ES) como um homem “realmente corajoso e que representa um facho de luz e esperança” para as pessoas de bem de Coari (a 368 km de Manaus).

O deputado oposicionista disse também que tanto o governador Eduardo Braga quanto o secretário de governo, José Melo, não deveriam continuar dando apoio “incondicional” ao ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro.

“O governador Eduardo Braga e o secretário José Melo não devem continuar apoiando o ex-prefeito e pressionando politicamente. Eles têm de ficar isentos. O Adail, o Adriano Salan (ex-secretário da prefeitura de Coari) e outras pessoas envolvidas, têm de ser julgadas pela Polícia. Nosso vínculo de lealdade, de aliança política, não pode preponderar sobre o nosso respeito e a dignidade do ser humano e a nossa honra pessoal.

É chegado o momento de romper com todo esse esquema de Coari, acaba com essa pratica delituosa de Coari, principalmente porque temos de defender as nossas crianças. Essa á a bandeira do senador Magno Malta e deve ser a bandeira dos 24 deputados desta Casa”, afirmou Castro. Adail, ainda de acordo com o deputado, não teve coragem de enfrentar o senador Malta, por isso fugiu, mas não escapará de depor em Brasília, agora de forma coercitiva, à força.

Luiz Castro também criticou o fato de a secretária de Ação Social de Coari, Maria Lândia Rodrigues, tido como agenciadora de meninas para Adail Pinheiro, continue num cargo comissionado. “Existem muitas coisas ainda a ser investigadas. Mas o que já foi descoberto em relação a Coari, deixa patente o aliciamento de menores, patrocinado, principalmente, pelo Adriano Salan e Adail Pinheiro. Eles são os dois principais coordenadores dessa rede”, garantiu. Mesmo que o empresário Otávio Raman, dono da rede de Comunicação em Tempo, não tenha comparecido para depor, assim como Adail e Salan, o trabalho da CPI se mostrou positivo, pensa Luiz Castro. “Ficou muito claro que não é conversa fiada, discurso político contra um grupo político, mas sim uma prática criminosa que aconteceu e talvez continue acontecendo em Coari.

E isso é crime, existem penas severas, tanto na área criminal, quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente para quem o pratica. E se esses crimes são praticados pelos que têm poder público, isso é ainda mais grave”, disse.

Juíza deve ficar fora

Para Luiz Castro, a juíza de Coari, Ana Lúcia Braga, deve se afastar de todo e qualquer processo que envolva Adail Pinheiro, por conta da investigação que o próprio CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em sobre ela. Refere-se à Operação Vorax, da Policia Federal (em 20 de maio de 2008),que descobriu uma organização criminosa em Coari e várias pessoas, ligadas diretamente ao então prefeito, foram presas e malas cheias de dinheiro foram encontradas numa casa aparentemente abandonada.

“Nas gravações da Operação Vorax, a juíza aparece conversando com intimidade com algumas pessoas, inclusive recebendo favores pessoais e passagens aéreas. Então ela não tem a isenção necessária para participar de julgamento de delitos tão graves. Eu não quero fazer nenhuma insinuação com a honra da juíza. Eu a respeito, entendo que muitos juízes que vão trabalhar no interior acabam se relacionando com os senhores prefeitos, acredito que ela não defenda esse tipo de prática delituosa, mas para o próprio bem da sua credibilidade e da Justiça, ela decline da sua competência e passe para outra juíza”, disse o deputado.

A juíza Ana Lúcia Braga é filha do secretário estadual de Cultura, Robério Braga. Na segunda-feira (29 de junho), Magno Malta ouviu vários depoimentos no auditório Belarmino Lins, da Assembleia Legislativa. Na terça-feira a CPI esteve em Coari, acompanhada de jornalistas, a pedido do próprio Magno Malta.

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