quinta-feira, 6 de agosto de 2009

CPI da Petrobras em Coari.


A CPI da Petrobras que foi implantada pelo Senado da República vai receber, do Amazonas, um forte subsídio a ser investigado com a maior urgência: o reajuste em mais de 200% do valor licitado pela empresa para a construção do gasoduto de Coari.

Documento contendo as denúncias deverá ser encaminhado à CPI da Petrobras pela Assembleia Legislativa, de acordo com levantamento realizado pelo deputado Ângelus Figueira (PV).

Segundo ele, é um absurdo que uma empresa adite, sobre o valor licitado de R$ 1,3 bilhão, mais de 200%, chegando esse valor de construção a, atualmente, mais de R$ 4 bilhões.

“O pior é que a obra está com mais de um ano de atraso, deixando não somente a capital, mas alguns municípios na dependência da energia gerada por termoelétricas”, afirmou Figueira.

Para o deputado, uma investigação mais apurada deve ser feita para que se aclare, realmente, o que foi feito com todo esse dinheiro, uma vez que a sociedade não recebeu, até agora, a menor satisfação sobre o atraso. Figueira cobra uma posição da Petrobras a esse respeito, uma vez que R$ 4 bilhões é “muito dinheiro do povo gasto em um simples empreendimento que sequer funciona”.

Superfaturamento


Ângelus, que é engenheiro, garante que a geração de energia elétrica a partir da matriz do gás é limpa, segura e mais barata.

No entanto, ele acredita que o superfarturamento na construção da obra salta ás vistas da população, uma vez que os municípios do Amazonas não serão beneficiados por essa energia. O deputado Nelson Azedo (PMDB) corroborou o pronunciamento do deputado verde, explicando que não existe sequer qualquer planejamento para o fornecimento de energia elétrica para o interior.

“Não há planejamento nem mesmo para a construção de um parque energético que sustente a geração de energia em caso de uma pane”, alertou o parlamentar. Na sua avaliação, ele disse que a própria sociedade, mesmo leiga sobre o assunto, sabe que sem um parque que sustente a geração em caso de uma pane os problemas serão aumentados ainda mais.

Na opinião do deputado Liberman Moreno (PHS), esse fato merece ser investigado com a maior seriedade e com maior rigor possível, para que a sociedade não seja prejudicada com tanta gastança para a construção de uma obra que nem funciona ainda.

Do gás para o estádio Vivaldo Lima o deputado Luiz Castro (PPS), em um pequeno aparte, não gastou mais que 30 segundos. Segundo ele, a CPI da Petrobras deve investigar com todo o rigor esse gasto descomunal da Petrobras no Urucu, bem como a sociedade amazonense deve avaliar se a derrubada do estádio Vivaldo Lima não representa a queima de dinheiro do povo em algo que poderia “muito bem ser melhor aproveitado”.

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