domingo, 3 de março de 2013

Botafogo elimina o Flamengo e vai à final da Taça Guanabara


Alvinegro venceu por 2 a 0 e pega o Vasco na final

No dia do aniversário de 60 anos do ídolo rubro-negro Zico, o Botafogo deu um presente de grego para o Galinho de Quintino. Neste domingo, o alvinegro derrotou o rival por 2 a 0 e se classificou para a final da Taça Guanabara. O primeiro gol foi marcado pelo lateral-esquerdo Julio Cesar, que só entrou no time por conta da venda de Márcio Azevedo para o Metalist, da Ucrânia, nesta semana. Curiosamente, o carrasco do Fla atuou pelo clube da Gávea de 2003 a 2005. Vitinho fez o segundo gol




Na decisão, o Botafogo vai encarar o Vasco, que derrotou o Fluminense na outra semifinal, por 3 a 2, no último sábado. O grande duelo será no domingo, no Engenhão, às 16h. O Vasco tem a vantagem de jogar por um empate para ser campeão, já que foi o líder do grupo A, enquanto o Glorioso terminou a fase inicial como segundo colocado no mesmo grupo.

Com o triunfo, o Botafogo conseguiu derrubar escritas importantes. Foi a primeira vitória contra o Flamengo no Engenhão, após 11 jogos. O Alvinegro também voltou a vencer o Rubro-Negro depois de dez confrontos. Por fim, a invencibilidade do Flamengo de 17 partidas, vinda desde o ano passado, caiu por terra no clássico.

Gol relâmpago

O Flamengo entrou em campo inspirado em Zico, com o autógrafo do Galinho de Quintino estilizado nas costas da camisa. Mas quem "baixou" o espírito do ex-camisa 10 foi o lateral-esquerdo alvinegro Julio Cesar, que marcou um golaço logo no primeiro minuto de jogo. Ele 26 entrou como uma flecha pelo lado esquerdo, passou por três marcadores e chutou no canto esquerdo de Felipe. A bola ainda pegou na trave, mas morreu no lado direito do camisa 1 rubro-negro.

O gol alvinegro significou o início de uma primeira etapa quente na disputa territorial entre as equipes. O Flamengo até tentou abafar o Botafogo, mas a resposta foi imediata e os times se alternaram nas descidas ao ataque. Aos 11 minutos, Hernane invadiu a área pedalando, mas não conseguiu a finalização. Aos 19, Bolívar cabeceou firme para o gol após cobrança de falta de Andrezinho, porém Felipe pegou firme.

Após o 20º minuto, a partida deu uma esfriada. Aos poucos, o Botafogo ficou com o domínio das ações, mas não se mostrou efetivo na frente. Rafael Marques tentou dar duas bicicletas após cruzamentos, mas não acertou nenhuma em gol. Enquanto isso, o Flamengo insistiu com lances em profundidade pelas pontas, só que também não arrumou nada.

Aos 39 do primeiro tempo, o meia Andrezinho sentiu a coxa direita e deu lugar ao volante Gabriel. O meia Fellype Gabriel, que estava improvisado como volante, avançou e voltou para a posição de origem dele. Depois disso, nada mais de relevante aconteceu e o Flamengo desceu para o vestiário sem dar uma finalização perigosa para o gol de Jefferson.

Emoção até o fim

O Flamengo voltou do intervalo com duas alterações, na tentativa de se reanimar. Renato e Rodolfo entraram nos lugares de Carlos Eduardo e Elias. Inclusive, foi em cabeceio de Renato que o Rubro-Negro assustou o Botafogo, logo aos cinco minutos. João Paulo bateu falta no meio da área, o Urubu-Rei chegou a desviar a bola, mas Jefferson ficou com ela.

Passados os primeiros minutos, o jogo teve duas pequenas polêmicas. Aos 13, Seedorf cobrou falta na área, Fellype Gabriel escorou e Fellype salvou na linha. Porém, o lance já não valia mais nada, pois o árbitro havia marcado falta de Fellype Gabriel em Léo Moura. O Botafogo ficou na bronca. Um minuto depois, Ibson foi levemente tocado por Lodeiro enquanto corria em direção a área, caiu e pediu falta, que o árbitro não deu. Ibson ainda levou um amarelo por reclamar muito.

Depois, o Flamengo teve motivos para ficar ainda mais aborrecido, pois não teve um pênalti marcado. Aos 19 minutos, Rodolfo chutou, Marcelo Mattos levantou o braço dentro da área e a bola bateu nele, mas Graziani Maciel mandou o duelo continuar.

Aos 22 minutos, o Fla teve uma chance de ouro para igualar o marcador. João Paulo cruzou da esquerda e achou Hernane livre no centro da área. O Brocador cabeceou, Jefferson salvou de forma incrível no meio do gol e ambos dividiram na sobra. Hernane ainda chegou primeiro no rebote e obrigou Jefferson a desviar para fora no puro reflexo.

Daí em diante, o confronto foi pura emoção. Aos 29, o técnico Oswaldo de Oliveira tirou Lodeiro para promover a entrada do ligeiro Vitinho, que ficou responsável por puxar os contra-ataques. Já aos 35, Ibson chutou cara a cara com o gol e Jefferson fez a defesa. Foi a última grande chance do Rubro-Negro, que martelou muito, mas ainda levou o segundo. Gabriel cruzou para Vitinho, aos 48 que fechou a conta: 2 a 0.

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