A economia brasileira fechou 2012 com crescimento anual de apenas 0,9 por cento, o pior desempenho em três anos e, apesar de ter mostrado alguma recuperação no quarto trimestre, o futuro para 2013 ainda preocupa analistas, o setor produtivo e também o governo.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, o resultado foi afetado pelo recuo dos setores industrial e agropecuário, além dos investimentos, e veio bem aquém da alta de 2,7 por cento do PIB de 2011, apesar das inúmeras medidas de estímulos do governo no ano passado.
Entre outubro e dezembro, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,6 por cento na comparação com o terceiro trimestre, mostrando uma pequena aceleração sobre a expansão vista entre julho a setembro passados, de 0,4 por cento. A taxa de expansão do terceiro trimestre foi revisada para baixo em relação a 0,6 por cento divulgada anteriormente.
Em 2009, quando a crise internacional vivia uma fase aguda, o PIB do Brasil teve queda de 0,3 por cento. Com os números de 2012, que ficaram em linha com as expectativas do mercado, a economia brasileira perdeu a sexta colocação no ranking mundial para o Reino Unido.
"A economia está de fato se recuperando, mas num ritmo muito lento. Os dados não são animadores, e é preciso ser otimista de forma cautelosa", resumiu o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, para quem o PIB deste ano crescerá 3 por cento, "mas o viés é de baixa".
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, buscaram mostrar otimismo, defendendo que a atividade já está se recuperando.
"Para 2013, o cenário é mais benigno, a crise europeia está superada, a economia mundial deverá crescer mais, a economia brasileira terá mais mercados para exportar", afirmou Mantega a jornalistas, acrescentando que prevê expansão entre 3 e 4 por cento do PIB neste ano.
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