MANAUS - A Polícia Civil do Amazonas, por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), identificou e prendeu os autores do triplo homicídio qualificado, ocorrido na madrugada de domingo (28), no bairro Alvorada 1, Zona Centro-Oeste de Manaus.
Os acusados foram encontrados após um trabalho minucioso de investigação das equipes da DEHS, coordenados pela Delegada Titular em exercício, Geórgia Cavalcanti, e do Delegado Adjunto Fernando Bezerra.
Na rua Tueré, beco 20 de Setembro, bairro Terra Nova 2, por volta das 18h, foram presos Adriano Rosa de Lima, 25, a mulher dele Eulice Dária da Silva Lima, 33, conhecida como “Cine”, o comparsa deles Suedson Monteiro de Souza, 22, foi preso na rua São Lázaro, bairro Colônia Santo Antônio, Zona Norte.
O trio é acusado de matar a facadas, por volta das 4h, Juliana Silva de Moura, 27, a filha dela Sofia Silva de Moura, 6, e a sobrinha Stefany Silva de Lima, 12, além de deixar ferido com 36 facadas o companheiro de Juliana, o comerciante Sebastião Souza de Almeida, 67.
Os policiais estiveram no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, onde o comerciante está internado e ele informou que Cine, prima de Juliana, participou do crime com os dois comparsas e que conseguiu escapar porque fingiu estar morto.
Investigação e prisão
Quando a polícia chegou até Adriano ele negou ter participado do crime, mas os policiais encontraram com ele parte dos materiais levados da casa do comerciante. Após a prisão de Adriano, os investigadores conseguiram pegar Cine e em seguida os dois entregaram Suedson, que também estava com objetos do comerciante. “Com Adriano encontramos uma mala cheia de objetos da vítima, dentre esses objetos estava o relógio de Sebastião com o nome dele gravado. Testemunhas reconheceram os três”, ressalta o Delegado Fernando Bezerra.
Além de objetos do comerciante, com Suedson foram encontrados um revólver calibre 38 com três munições intactas, uma escopeta calibre 12, duas porções de substância entorpecente, sendo uma, com características de pasta base de cocaína, outra de oxi, e uma balança de precisão.
De acordo com as investigações, os três acusados estavam bebendo em um bar com Sebastião e Juliana (vítimas). Logo Juliana foi para casa, em seguida Cine pediu do comerciante para dormir na casa dele com os comparsas. Ele permitiu. Ao chegar à residência, Cine ficou do lado de fora, Adriano e Suedson começaram a agredir Sebastião pedindo dinheiro. Como não havia dinheiro com ele, Suedson desferiu as facadas nas vítimas, enquanto Adriano pegava objetos da casa.
“Cine foi a isca, em seguida ela serviu como olheira, ficando do lado de fora da casa, para observar a movimentação da rua e garantir a ação dos parceiros. Todas as vítimas foram mortas e esfaqueadas por Suedson. Primeiro o comerciante, depois Juliana, em seguida as crianças que estavam em baixo da cama”, disse o Delegado. Ainda de acordo com o Delegado, Suedson matou as crianças porque elas os conheciam. Em depoimento, os três alegaram que foi Juliana a mentora do assalto e que Suedson a matou porque na casa não tinha dinheiro como ela havia prometido.
“As investigações irão continuar, pois não temos como saber se realmente Juliana teve participação, como o trio alegou em depoimento”, destaca a Delegada Geogia Cavalcanti. A Delegada ressalta, ainda, que todas as equipes da DEHS estavam empenhadas em elucidar esse crime. “Foi um crime que chocou a todos pela barbaridade. Todas as equipes da DEHS foram acionadas e todos trabalharam nesse caso. Nós não fazemos diferença entre as vítimas, nem classe social. Fazemos nosso trabalho com dedicação e afinco para dar uma resposta positiva para a sociedade”, disse a Delegada.
Suedson foi autuado em flagrante por tentativa de latrocínio (Art. 157 parágrafo 3º do CPB), homicídio qualificado (Art. 121 do CP), posse ilegal de arma de fogo (Art. 14 da Lei 10.826/03) e tráfico de drogas (Art. 33 da Lei 11.343/06). O casal Adriano e Cine foi autuado por tentativa de latrocínio e homicídio qualificado. Os três foram encaminhados para a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa.
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