MANAUS - Subiu para 13 o número de municípios no estado do Amazonas em situação de emergência por causa da cheia do Rio Solimões.
Cerca de 80 mil ribeirinhos já foram atingidos pela cheia no Rio Solimões esse ano. A maior parte dos 13 municípios em situação de emergência fica no oeste do estado.
Na cidade de Anamã, construída em uma área vulnerável a enchentes, 40% dos bairros estão alagados. "Eu já estou me arrumando para dar ir embora de novo", diz uma mulher.
Em um bairro de Itacoatiara, no Rio Amazonas, garagens estão fechadas e canoas ficam estacionadas na porta das casas. A água vem pela tubulação, o lixo entope bueiros e com a chuva, as ruas ficam cobertas. Comerciantes têm pelo menos dois meses pela frente de prejuízo.
Ontem o serviço geológico do Brasil fez um alerta de cheia para o Rio Negro. A água ainda vai subir pelo menos um metro, mas não deve atingir a cota recorde do ano passado. O que está preocupando é que o Negro depende do processo de subida das águas do Solimões.
"Nesse momento o Rio Solimões vem apresentando volumes de água muito grandes, semelhantes aos do ano passado, quando ocorreu a cheia recorde. Isso deve influenciar a subida do Rio Negro", explica Marco Antônio Oliveira, superintendente do CPRM-AM.
O sistema de monitoramento hidrológico que já existe em estados do Nordeste para monitorar a falta da água, agora está sendo instalado para medir a chuva e nível dos rios da Amazônia. A intenção é adiantar informações e diminuir os impactos.
“Que tipo de ação a gente vai ter, se vai tirar móveis. Essa tomada de decisão, é muito importante que ela chegue com antecedência", aponta Jane Crespo, secretária-executiva da Secretaria de Recursos Hídricos do Amazonas.
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