Os hooligans ingleses protagonizaram confusões em boa parte das últimas Copas do Mundo. Mas, em Manaus, o governo do Amazonas descarta um esquema especial para evitar brigas no jogo de maior risco no estágio de grupos, entre britânicos e italianos, marcado para a Arena Amazônia, em 14 de junho. A maior preocupação é com o terrorismo.
É praxe em vésperas de Mundiais que torcedores ingleses envolvidos em brigas tenham seus passaportes apreendidos e que os países-sede recebam informações da polícia sobre suas fichas. Ocorreu na África do Sul e em edições anteriores. Isso deve se repetir no Brasil. Localmente, não há um esquema preparado para vigiar os ingleses.
“Não temos preocupação especial com hooligans. Teremos um efetivo grande de policiais, mas nada específico. Uma das preocupações é o terrorismo'', afirmou o coordenador de Copa do Estado do Amazonas, Miguel Capobiango.
A previsão dele é que três mil homens estejam envolvidos na operação de segurança do Estado para os jogos. Durante a Copa das Confederações, chegou a haver 11 mil homens na proteção à final do Maracanã por conta dos protestos. Na ocasião, ficou claro que o número era excessivo, com policiais ociosos.
A partida entre Itália e Inglaterra pode ser considerada a de maior risco porque há um histórico de conflito entre torcedores dos dois países, principalmente em jogos de times. Em 1985, na final da Copa dos Campeões da Europa, 39 torcedores da Juventus morreram esmagados após uma invasão de fãs do Liverpool. Clubes ingleses foram banidos de competições europeias por vários anos.
Desde aquele episódio, e outras tragédias internas, a Inglaterra tem reprimido seus hoolings o que reduziu a violência no país e no exterior. Mas os grandes grupos de torcedores continuam a acompanhar sua seleção nas Copas, o que ocorrerá no Brasil.
Números da Fifa mostram que os britânicos ficaram entre os cinco que mais compraram ingressos nas primeiras fases de venda para o Mundial. Havia 22 mil bilhetes em mãos britânicas após a etapa inicial de comercialização.
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