A diminuição do trabalho infantil no Brasil entre 2011 e 2012 foi um dos dados mais significativos da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2012, divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo a pesquisa, em 2011, havia 704 mil crianças e adolescentes entre cinco e 13 anos no mercado de trabalho, número que caiu para 554 mil no ano seguinte – uma diferença de 21%.
No entanto, nem todos os dados são positivos. A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais, por exemplo, voltou a crescer no Brasil após um período de mais de 15 anos de declínio, segundo dados da Pnad. O país não registrava crescimento da taxa de analfabetismo desde 1997.
Na série harmonizada --que exclui 4,1 milhões de pessoas que residem nas áreas rurais da região Norte--, o índice de indivíduos que, em 2012, não sabiam ler e escrever foi de 8,5%. Esse dado representa aumento de um décimo percentual (0,1%) em relação ao ano anterior.
Por outro lado, a pesquisa indicou que a taxa de escolarização das crianças de cinco e seis anos já atingiu 92%. Em 2002, apenas 77,2% delas estavam na escola com estas mesmas idades.
As pessoas não estão só entrando na escola mais cedo, como permanecendo mais tempo. Em 2012, os jovens de 20 a 24 anos declararam ter passado, em média, 9,9 anos estudando ao longo da vida. Em compensação, pessoas com 60 anos ou mais informaram ter estudado apenas 4,4 anos em média.
A população idosa, aliás, chamou atenção pelo novo perfil desenhado pela pesquisa: vive mais, está em uma faixa cada vez maior e mostra interesse crescente por ultrapassar as barreiras tecnológicas em prol de seu próprio conforto.
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