Nos tribunais superiores, não há muita boa vontade para providenciar um "jeitinho". "Coloque o dedo na ferida: sem as assinaturas é uma esperança vã", disse o ministro Marco Aurélio Mello. Marina apelou para artistas, como Marcos Palmeira e Adriana Calcanhotto, que postaram vídeos no YouTube, mas a ministra Carmen Lúcia afirmou que isso não mudará a posição do Tribunal Superior Eleitoral, presidido por ela.
Portanto, a tendência concreta é a de que Marina não consiga êxito na criação da Rede – o que não terá sido por falta de tempo, nem de recursos, uma vez que sua candidatura é apoiada por bilionários, como Guilherme Leal, da Natura, e Neca Setúbal, do Itaú.
Nesse quadro, o que fazer então com seu patrimônio eleitoral, de 16% dos votos, segundo o Ibope? Um partido nanico, o PEN, ofereceu a Marina uma proposta inusitada. Trocaria seu nome para "Rede", caso ela aceitasse disputar a presidência pelo partido. Ela ainda teria opções como o PPS e o PV, mas sem o controle da máquina partidária.
Nesse cenário de indefinições e incertezas, Marina será tentada com uma nova oferta: a de ser vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Os tucanos pretendem tratar o não registro do Rede como uma violência do PT contra Marina. Em seguida, abrirão as portas do partido. Ontem, Aécio afirmou que o Brasil "merece ter uma alternativa como Marina". Neste sábado, na coluna de Sônia Racy, no Estado de S. Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz que a ex-senador é uma "liderança moral" do País.
Depois de 5 de outubro, após a decisão provavelmente contrária do TSE à Rede, o assédio tucano a Marina será pesado. Com apoio de vários colunistas e grandes meios de comunicação.
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