A interdição do Manauara é total e por tempo indeterminado. Para voltar a abrir as portas o shopping precisa apresentar um projeto para reparar os diversos problemas de infiltração. O projeto será avaliado pelo Implurb e pelo próprio prefeito e, se aprovado, o shopping pode ser liberado parcialmente, garantiu Arthur. Ele disse ainda que a interdição é necessária devido à reincidência do problema na estrutura do shopping.
“Vi uma cena de terror. Primeiro que não é a primeira vez, segundo que a reincidência é perigosa para a vida das pessoas. Eu não esperava isso de um shopping desse porte. Declarei a eles, com toda a nitidez, que o Manauara está interditado até o momento em que eles apresentem ao Implurb um projeto mostrando que material irão usar, quanto tempo vai demorar a obra e qual a garantia que irão nos dar. Tudo isso vai passar pelo nosso crivo, pela nossa análise. É uma falta de respeito com a cidade”, disse o Prefeito.
Arthur contou ainda que na manhã de hoje o diretor-presidente do Implurb, Roberto Moita, procurou o engenheiro responsável pelo Manauara, que é de São Paulo. “Ele não tem registro. Ficamos sem interlocução técnica com o shopping, mesmo diante do constrangimento, de água por todos os lados e desse clima de medo entre os lojistas. É um shopping que começa a ficar inconfiável para segurança das pessoas. Estou acostumado com essas ocorrências em locais onde moram pessoas desvalidas”, disse Arthur.
Vistoria
O prefeito, após andar pelo Manauara, descreveu que encontrou diversos furos pelo teto, poças de água pelo chão, dezenas de lojas fechadas, barreiras para evitar a circulação nos pontos mais críticos e vários lojistas pedindo providências porque eram impedidos de deixar seus postos de trabalho.
Roberto Moita frisou que os problemas identificados nesta segunda-feira, 30, são os mesmo identificados há ao menos oito meses. “É vazamento de telhado que implica em desprendimento de forro que cai a uns 15 metros de altura e isso coloca em risco a vida dos usuários. Já estivemos aqui outras duas vezes e demos um prazo para o shopping se regularizar. Pedimos que eles tomassem medidas para que o problema não voltasse acontecer e com a chuva de hoje não vimos medidas de contingência”, contou Moita.
“Estava chovendo parece uma cachoeira. É bem melhor para as nossas vidas que seja interditado do que ocorra maiores problemas”, disse a comerciária que trabalha no shopping, Ramona Conrado.
O Prefeito disse também que o desrespeito à população por parte do shopping é recorrente e citou a cobrança arbitrária do estacionamento. “Eles foram comigo, aceitaram a lei que faz o estacionamento fracionado e, em seguida, majoraram de maneira insultuosa”, lembrou.
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