terça-feira, 23 de abril de 2013

Obras de "Verão" devem custar R$ 600 milhões


MANAUS - O secretário municipal de Infraestrutura, Hissa Abrahão, e o prefeito Artur Neto, anunciaram nesta quarta-feira (24), o pacote de obras que será realizado a partir do verão, em junho. O pacote, com investimentos estimados em R$ 600 milhões de recursos próprios e parcerias com governos estadual e federal, ataca os principais problemas de infraestrutura da cidade e tem, entre outras metas, preparar Manaus para a Copa de 2014.

Entre as obras estão o asfaltamento de 55 quilômetros de vias, com o recapeamento das principais avenidas como Djalma Batista, Constantino Nery, André Araújo, Torquato Tapajós e Cosme Ferreira, que será realizado em seis meses, ao custo de R$ 150 milhões. O valor, de acordo com o prefeito, inclui calçamento e meio-fio. Além disso, foi anunciada a implantação do Bus Rapid System (BRS) e desativação dos Terminais 1 e 2. O prefeito também anunciou a recuperação e construção de 100 paradas de ônibus, adaptadas ao BRT.

“Chega de operação tapa-buraco, nós fizemos tudo o que podíamos. Agora,
vamos fazer um trabalho de qualidade, que dure por muito tempo”, confirmou o secretário Hissa Abrahão.

Segundo o prefeito, estudos mostram que 90% dos veículos existentes na cidade passam ao menos uma vez por dia em cinco de suas principais avenidas. Com as obras, a população vai precisar ter paciência no trânsito e para isso, a prefeitura deverá se organizar para executar as obras também à noite.

“Não dá pra fazermos todo esse trabalho apenas durante o dia ou só durante a noite. Vamos ter que trabalhar direto para podermos chegar ao maior número de ruas no menor tempo possível. Os transtornos são inevitáveis, mas pedimos a compreensão da população para que entenda o nosso trabalho. Tudo será feito com a qualidade que o nosso governo tem adotado e esse asfalto não vai durar apenas seis meses. Vai durar anos” declarou o prefeito.

Sobre a parceria com o governo do Estado e o Exército, cada órgão ficará responsável por um lote de recapeamento. As avenidas Pedro Teixeira e Ponta Negra, ambas na zona Oeste, em um total de sete quilômetros, ficarão a cargo do Exército enquanto a área de responsabilidade do governo estadual ainda não foi definida. A Parceria Público-Privada (PPP) também está em estudo, faltando definir quais as formas que as empresas seriam beneficiadas ao financiar empreendimentos públicos.

A partir de junho, o governo municipal vai começar a implantar o Bus Rapid System (BRS), sistema que será integrado ao BRT (Bus Rapid Transit). O BRS consiste na criação de corredores exclusivos para ônibus e paradas diferenciadas no trecho Norte – Sul (Torquato Tapajós / Constantino Nery) aproveitando parte do antigo sistema Expresso. A implantação do sistema custará R$ 1,4 milhão e também deverá ser concluído até o final do ano.

“Nosso objetivo é tornar as viagens de ônibus mais rápidas. Hoje, a velocidade média no transporte coletivo é de 12 km/h. Com a mudança, vai passar a ser de 23,5 km/h. Isso representa que a população vai poder passar mais tempo em casa, com a família ou no trabalho. Após a implantação do BRT, os dois sistemas serão integrados”, afirmou Hissa Abrahão.

A reforma dos terminais de ônibus já tem um valor definido. Cada um deverá custar R$ 2 milhões aos cofres públicos. Arthur Neto confirmou a desativação dos terminais da Constantino Nery (T1), no Centro, e o da Cachoeirinha (T2), na zona Sul. Apenas os terminais Cidade Nova (T3), zona Norte, Jorge Teixeira (T4) e São José (T5), ambos na zona Leste, vão continuar em funcionamento.

Entre as obras que também fazem parte do pacote estão o Mercado Adolpho Lisboa, com data de entrega prevista para 24 de outubro, a segunda etapa da Ponta Negra, no dia 24 de dezembro, e o Shopping do Camelô, ainda sem data prevista.

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