segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Empresas ficam pouco tempo no Amazonas, aponta IBGE


MANAUS -  Com um percentual de 85,6%, a Amazonas ocupa a terceira posição no ranking dos estados com menor taxa de sobrevivência das empresas, ao lado do Pará e de Rondônia. O levantamento foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Intitulada "Demografia das Empresas", a pesquisa analisa a taxa de nascimento e mortalidade de empresas no Brasil em 2011.

À frente do Amazonas estão os estados do Acre, onde a taxa de sobrevivência chega a 83,3%, e do Amapá (82,6%). Por outro lado, as maiores taxas estão nos estados do Sul, como é o caso do Rio Grande do Sul (90,4%) e Santa Catarina (90,06%). Em nível nacional, a taxa de entrada das empresas no mercado cravou 19,2%, enquanto a de saída chegou a 19,0%.
Segundo a presidente do Sindicato da Micro e Pequeno Indústria do Estado do Amazonas (Simpi), Sueli Moraes, o alto percentual referente à taxa de mortalidade é consequência da falta de preparo dos empresários amazonenses para gerirem seus negócios. "Verificamos uma procura muito forte pelo imediatismo. As pessoas não procuram se informar, mesmo quando oferecemos cursos e palestras gratuitas a procura é muito abaixa".
A dirigente afirma que a desqualificação gera problemas como o aumento da dívida tributária. "As pessoas vão muito na base do achismo. Acreditam que um determinado negócio seja viável e acaba que em dois anos fecham a empresa, isso gera um endividamento e uma dívida tributária enorme. A pessoa começa a se enrolar", declarou.
Apesar de ter o maior percentual da saída das empresas (7,6%), é na Região Norte onde está a taxa mais elevada com relação à entrada de empresas no mercado (14,6%). Para Sueli, o Polo Industrial de Manaus (PIM) tem um papel fundamental na entrada de empresas. "As pessoas que pegam um FGTS maior acabam por montar uma empresa, para tentar vida nova. Por isso se verifica esse crescimento na entrada de empresas. Porém fazem de uma maneira desordenada e acabam não durando 2 anos no mercado", observou.

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