MANAUS - Em meio às discussões em torno da chegada de médicos estrangeiros para trabalhar no País, o vereador Dr. Ewerton Wanderley (PSDB) voltou à tribuna do plenário Adriano Jorge da Câmara Municipal de Manaus (CMM) na manhã desta quarta-feira (28) para abordar mais uma vez o assunto, que ele classificou como “contrabando de médicos”.
“Afirmo que se trata de contrabando porque o que não é legal é ilegal. As entidades que representam a classe médica, como a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB), sequer foram consultadas pelo Governo Federal sobre a medida, que considero desrespeitosa com aos profissionais brasileiros”, destacou.
Na ocasião, o parlamentar lembrou que passou a madrugada de hoje de plantão num hospital da cidade, onde atua como médico generalista, tentando, juntamente com outros dois profissionais, reanimar um paciente que apresentava quadro de saúde bastante delicado, mas que agora passa bem.
“Meus dois colegas, intensivistas, levaram aproximadamente dez anos para se formar. Primeiro passam pelo curso de Medicina, que dura em média seis anos, depois tem especialização, pós-graduação e cumprem uma série de exigências. Minha preocupação é que esses médicos estrangeiros, que passam em média de três a quatro anos numa faculdade, não estejam aptos a trabalhar no nosso País”, declarou.
Durante pronunciamento, o parlamentar lembrou que corre nas mídias sociais a informação de que a presidente da República, Dilma Rousseff, pretende trazer engenheiros do exterior para vir trabalhar no Brasil. “Daqui a pouco vão começar a trazer professores para lecionar espanhol e orientar a população, para que possa ser atendida por médicos cubanos. Não podemos compactuar com isso. Hoje são médicos, amanhã engenheiros, professores e demais profissionais”, enfatizou.
Para concluir, o vereador Dr. Ewerton solicitou ao presidente da Casa Legislativa, vereador Bosco Saraiva (PSDB), preferência no atendimento do requerimento proposto por Wanderley, de nº 4756, que sugere à Comissão de Saúde da Câmara (COMSAU/CMM), presidida pelo vereador Marcelo Serafim (PSB), a realização de audiência pública com a presença dos representantes das entidades da categoria médica na capital para que debatam o assunto.
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