terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tucumã contaminado causa morte de uma pessoa no Amazonas

MANAUS - A ingestão de tucumã contaminado por produto químico é a provável causa da morte de uma adolescente de 17 anos na segunda-feira (26), na cidade de Parintins (a 368 quilômetros de distância de Manaus). Tucumã é um fruto típico da Amazônia e alguns agricultores e feirantes usam o composto químico carbureto para acelerar o amadurecimentos do fruto. Segundo a Prefeitura de Parintins, carbureto é altamente tóxico para consumo humano e não pode ser ingerido. Mas o site da Empresa Brasileiras de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) recomenda uso do material para amadurecer frutas rapidamente.


Carbureto também é usado também soldas brancas e produtos de limpeza. De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Parintins, Maria do Desterro, usar carbureto é comum, principalmente nesta época do ano, quando a maioria dos tucumãs ainda estão verdes. "É fácil identificar um tucumã amadurecido artificialmente. Ele continua com a casca verde, porém a polpa fica mole, apesar de manter-se esbranquiçada".
A Semsa informou que a jovem chegou ao Hospital Padre Colombo no domingo (25) com gastroenterocolite, fortes dores abdominais, fraqueza, palidez, vômito e diarreia. A pedido da família a jovem recebeu alta na noite do mesmo dia e retornou pior ao hospital na segunda-feira. Uma aeronave foi solicitada para que ela fosse transferida para Manaus, mas a adolescente teve parada cardiorrespiratória e morreu.
Tucumã
A suspeita de que a morte foi causada por tucumã contaminado surgiu depois que a família informou que o mal-estar surgiu depois de a adolescente comer o fruto. Há outros 17 casos de problemas intestinais registrados no Hospital Padre Colombo - os pacientes também afirmam o consumo de tucumã.
Apesar da falta de confirmação da causa da morte, a Semsa montou uma força-tarefa com a Vigilância Sanitária de Parintins para recolher os frutos do comércio local. "Esses tucumãs serão enviados para o Laboratório Central em Manaus onde passarão por análise para constatar se há ou não presença de carbureto", disse Maria. O resultado vai demorar um mês.


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