segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Semed abre semana de mobilização em favor dos direitos de deficientes auditivos

O relato das experiências dos professores que atendem a alunos com deficiência auditiva fez parte da programação de abertura da Semana Nacional de Mobilização em favor dos direitos dos surdos do Brasil. 
O evento, realizado no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Semed), na manhã desta segunda-feira, 23, também marcou o início da campanha ‘Setembro Azul’ e é uma oportunidade para debater e fortalecer das políticas públicas em favor de quem sofre com o problema.
A Semed atende cerca de 150 alunos com deficiência auditiva na rede municipal de ensino. São aproximadamente 80 professores que fazem cursos de libras e atendem alunos surdos em processo de inclusão nas 38 salas de recursos multifuncionais em toda rede de ensino. A Escola Municipal de Educação Especial André Vidal de Araújo, trabalha com 50 alunos surdos nos três turnos.
Segundo a gerente da educação especial da Semed, Reni Formiga, é uma semana para todos refletirem sobre as pessoas que precisam de uma atenção especial dentro da sociedade.

“Essa semana, é justamente para que possamos estar atentos sobre o processo de inclusão do surdo. É um processo que precisa de muito suporte. Quem sofre com a surdez precisa de intérprete, precisa fazer a língua brasileira de sinais e, principalmente, a língua portuguesa, onde está a maior dificuldade deles. Precisa que os pais e a família também aprendam a se comunicar com eles, o que é um grande desafio. Por isso, a gerência está trazendo essa programação a fim de favorecer o processo de inclusão dos surdos e dar um alerta a toda a comunidade escolar e à sociedade de modo geral”, disse Reni.
Participaram da programação, educadores da educação especial da Semed, diretores, pedadogos, professores, alunos, pais, responsáveis e alunos surdos da rede municipal de ensino.
“Os alunos, hoje, estão incluídos no turno oposto, onde frequentam a sala de recurso multifuncional que são trabalhadas as habilidades não desenvolvidas. Com o surdo, nós procuramos trabalhar bastante a libras, língua portuguesa, matemática. Hoje, a gerência de educação especial tem mais um desafio, que é o curso de libras para os pais, a fim de que eles possam se comunicar com os filhos da forma mais correta possível”, completou.
Maria do Perpétuo Socorro é mãe da aluna Alessandra da Silva Carvalho, 8º ano, da Escola Municipal Themístocles Pinheiro Gadelha, bairro Jorge Teixeira, zona Leste. Ela disse que não sabia como agir nos primeiros quatro anos de Alessandra.
“Quando o pai dela faleceu fiquei em uma situação que não tinha muito controle. Com 5 anos ela foi para a escola e sofreu muito em sala de aula, pelo fato do professor não entender e nem estar preparado. Quando surgiu a sala especial, ela começou a melhorar seu aprendizado”, disse Maria.
A palestra ‘Escola e família construindo a inclusão’, com a professora mestra em educação e pós-graduada em psicopedagoiga, Joab Grana Reis, fez parte da programação. Ela também é coordenadora do núcleo de acessibilidade da Escola Normal Superior da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

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