Pesquisas feitas recentemente por órgãos ligados a observação do trânsito e suas estatísticas constataram que no ano de 2012, somente no Brasil, houve 508 mil indenizações de seguro social, sendo 352 mil para vítimas inválidas permanentemente, e 61 mil de vitimas fatais no trânsito.
As pesquisas ainda apontam que a cada 30 segundos ocorre algum tipo de acidente e duas indenizações a cada um minuto.
Com base nesses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como 5º país com maior índice de mortes no trânsito. Nestes dados foi descoberto que os mais afetados são crianças e jovens.
Os acidentes de trânsito constituem em todo o mundo, a maior fonte isolada de mortes entre pessoas na faixa dos 10 a 24 anos de idade. Em 2004, o último ano para o qual há dados abrangentes disponíveis, acidentes de trânsito mataram mais crianças de 5 a 14 anos que a malária, diarreia, HIV e Aids.
Com o intuito de reverter esta situação preocupante, o grupo coordenado pela professora Nelma Helena da Silva e apoio técnico de Amanda Pereira, criou o projeto “Leis do Trânsito: o educando como agente multiplicador na conscientização de uma mudança de comportamento”, com a participação dos jovens pesquisadores: Julia Rodrigues, Ana Karoline de Oliveira, Ramses Ramos, Caio Silva e Santiago Monteiro. Todos estudantes da Escola Estadual Professora Djalma da Cunha Batista, localizada no bairro de Educandos, zona sul da capital.
Estabelecendo uma maneira simples e não menos importante na conscientização de um trânsito melhor em nossa comunidade, o grupo apresenta o projeto como medida de alerta para um assunto sério e como fonte de pesquisa para a iniciação científica de cada um dos jovens pesquisadores explanando e aperfeiçoando seus conhecimentos. Os encontros são realizados duas vezes por semana após as aulas. As pesquisas são realizadas nas mais diferentes fontes como internet, livros, revistas, artigos de projetos semelhantes e até visitas de campo em autoescolas e órgãos de trânsito como Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran – AM).
Através de observações do trânsito nas proximidades da escola, o grupo viu a necessidade de reeducar e conscientizar condutores e pedestres. “Fiquei observando o grau de dificuldade que os pedestres tem ao tentar atravessar a rua. Muitos não respeitam a faixa, isto gera graves acidentes. Sinto que podemos fazer algo para ajudar na prevenção e conscientização de um trânsito melhor para todos”, afirma a coordenadora do projeto.
Ao longo do projeto os jovens pesquisadores vão utilizando os conhecimentos adquiridos para repassar à familiares, amigos e conhecidos, a importância em respeitar os direitos de cada um no trânsito.
“O projeto está sendo muito importante para todos nós, através dele estamos conhecendo os direitos que cada indivíduo tem no trânsito, além de pôr em prática o papel do cidadão e dar exemplo aos demais. Estamos consolidando o saber científico através da pesquisa”, afirmam os jovens pesquisadores participantes do Programa Ciência na Escola (PCE).
Trabalhando na questão de divulgação do projeto, o grupo pretende criar diversos meios de chamar a atenção não somente da escola, como de toda a comunidade através da criação de maquetes simulando o trânsito de uma cidade para os demais colegas, criação de banners, folders, vídeos e distribuição de informativos alertando sobre a conscientização do trânsito em sinais de trânsito, esquinas e nas demais redondezas da escola.
Sem dúvida, projetos que visam a valorização da vida através da prevenção e conscientização da sociedade merecem total respeito e atenção. Os jovens pesquisadores neste pequeno passo demostram a grandeza de um problema tão sério enfrentado hoje – a imprudência no trânsito.
Os jovens pesquisadores afirmam que “não é preciso ter carro ou moto para se ter mais direitos, educação e respeito vem de cada um, basta querer”.
Thiago Eduardo
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