A família do industriário Antônio Bruno Melo da Silva, de 22 anos, morto em 26 de dezembro de 2008, no Jardim Petrópolis, zona sul de Manaus, convida a imprensa e a população para acompanhar o julgamento do autor do crime, o sargento da Polícia Militar (PM), Genêsis Guedes Peres, marcado para às 8h da próxima quarta-feira (6), no Fórum Henoch Reis, Aleixo, zona sul.
De acordo com a mãe do jovem assassinado, a contadora Antônia Rosangela Melo da Silva, depois de muitas mobilizações e gestões junto a alta cúpula da PM, a família conseguiu reverter a aposentadoria do réu, que após cometer o crime, entrou com pedido de aposentadoria junto à Corporação. Gênesis Guedes, que é lotado na 3ª Cicom, alega que na noite do dia 26 de dezembro, quando patrulhava a praça desse conjunto, atirou para o alto para dispersar inúmeros jovens que se encontravam no local que, na sua avaliação, estavam em atitude suspeitas.
Com apenas um tiro atingiu a dois rapazes, ferindo mortalmente o industriário. Segundo relato de sua mãe, a bala atingiu o peito de Antônio, atravessou o coração e se alojou na costela, levando o industriário a ter morte instantânea. Outro colega do rapaz atingido teve apenas um de seus dedos mutilado.
D. Antônia conta que seu filho estava comemorando com os amigos a notícia de que ia ser pai e resolveu pagar um lanche a eles. Seu neto, que ainda não tem dois anos de idade, não chegou a conhecer o pai. “Ele era um bom filho e trabalhador. Se dividia no seu trabalho na Moto Honda e também como taxista”, disse a mãe.
O sargento Gênesis vai ser julgado por tentativa de homicídio qualificado e homicídio qualificado. Antônia comemora em conseguir levar o acusado a julgamento num tempo recorde, em pouco mais de dois anos do crime. A família espera que o réu seja condenado em pelo menos 20 anos de prisão.
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