A Petrobras terá que aumentar o preço da gasolina, caso o preço do petróleo permaneça em níveis próximos ao atual, disse nesta segunda-feira (11) em Pequim (China) o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. “Se continuar no patamar atual, vamos ter que ajustar a gasolina”.
Gabrielli acompanha a visita da presidente Dilma Rousseff à China. Segundo ele, a estatal fez seu planejamento para 2011 considerando o preço de R$ 102 a R$ 134 (US$ 65 a US$ 85) o barril de petróleo. Nesta terça-feira (12), nas primeiras negociações do dia, o barril de petróleo tipo Brent superava os R$ 196 (US$ 124) o barril em Londres, enquanto o barril negociado em Nova York estava próximo de R$ 174 (US$ 110).
Apesar da distância entre o preço atual e o limite máximo da projeção da empresa, Gabrielli afirmou que nenhuma decisão sobre o reajuste será adotada enquanto houver volatilidade na cotação do petróleo.
No último dia 6, Gabrielli sinalizou que os preços da gasolina e dos demais derivados do petróleo poderiam subir se o petróleo continuasse caro no mercado internacional. No mês passado, no entanto, ele chegou a afirmar que não previa nenhuma alteração nos valores do diesel e da gasolina por causa da variação no preço do produto.
A Petrobras anunciou recentemente a importação de gasolina para atender à demanda interna. O volume deverá ser ofertado pela Petrobras a partir da segunda quinzena deste mês. Após esse prazo, deverá haver uma análise em relação à condição do mercado interno.
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já afirmaram que a presidente Dilma Rousseff não quer que haja aumento da gasolina. Lobão reconheceu que se o preço internacional do petróleo ficar acima do nível atual, o aumento da gasolina será inevitável. No entanto, disse não acreditar que os valores cheguem a subir mais.
Álcool
O governo estuda a aplicação de medidas para diminuir o preço do álcool nos postos de gasolina. Lobão disse na semana passada que, entre as medidas, estariam empréstimos facilitados para que as refinarias produzam etanol, em vez de açúcar - o que aumentaria a oferta do combustível diminuindo seu preço - que anda nas alturas.
O ministro explicou que esse aumento no valor do etanol nos postos de gasolina é consequência da diminuição da produção de cana-de-açúcar e da valorização do açúcar no mercado internacional.
Lobão disse ainda que solicitou a Gabrielli que a Petrobras produza mais etanol.
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