sábado, 22 de junho de 2013

Polícia identifica homem que jogou bomba incendiária no Itamaraty

BRASÍLIA — Em menos de 24 horas de investigação, a Polícia Civil identificou Cláudio Roberto Borges, 32 anos, como o homem que lançou um coquetel molotov contra o Palácio do Itamaraty, durante o protesto de aproximadamente 60 mil pessoas no gramado do Congresso Nacional na quinta-feira. Em depoimento à polícia, na noite de sexta-feira, ele confessou o crime. Borges tem cinco passagens pela polícia e duas condenações por furto.
No momento, ele estava cumprindo pena em regime domiciliar. A pena é relativa a uma condenação de dois anos e quatro meses de prisão por furto. No depoimento, Borges primeiro tentou negar qualquer envolvimento com o ataque ao Itamaraty, um dos prédios mais emblemáticos da capital. 

Mas, depois de confrontado com uma foto em que aparece com braço direito suspenso no ar, a poucos menos da área incendiada, reconheceu que, de fato, jogou a bomba contra o prédio.

Borges disse para a polícia, no entanto, que não tinha a menor ideia de que o prédio é a sede do Ministério das Relações Exteriores. Ele teria ido ao protesto no gramado do Congresso Nacional apenas porque foi convidado por um amigo. No momento em que parte da multidão se aproximou do Itamaraty, ele teria visto a bomba no chão e, naquele instante, decidiu lançar o artefato contra o prédio. A polícia suspeita, no entanto, que ele não tenha contado a verdade nesta pare do depoimento.

A polícia está, agora, tentando identificar mais seis suspeitos da tentativa de invasão e depredação. A investigação tem imagens captadas por câmeras instaladas na rodoviária e nos prédios na Esplanada dos Ministérios. As imagens estão sendo comparadas fotos e vídeos feitos por policiais e por manifestantes durante a tentativa de invasão. A policia teria recebido, até o momento, 30 vídeos de manifestantes que, insatisfeitos com o vandalismo, decidiram denunciar os invasores.

— Estamos atrás daqueles que estavam usando capuz. Eles também serão identificados —disse o diretor da Polícia Civil, Jorge Xavier.
Os suspeitos poderão ser indiciados por incêndio criminoso e dano ao patrimônio público. O crime de incêndio pode ser punido com 3 a 6 anos de prisão. A pena para dano é de 6 meses a 3 anos de prisão.

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