Gravação
A presidente Dilma Rousseff gravou no fim da tarde desta sexta-feira a mensagem que vem sendo cobrada dela desde que manifestantes depredaram o Palácio do Itamaraty na noite de ontem. O Palácio do Planalto confirmou às 19h que a presidente vai ocupar a rede nacional de rádio e tevê às 21h. Ela falará por 10 minutos.
A gravação do pronunciamento foi dirigida pelo marqueteiro João Santana, e também contou com a participação do ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins. Nesta noite, a presidente ainda se reúne com o vice-presidente Michel Temer, o senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN).
Reprovação
Pesquisa do Datafolha publicada nesta sexta-feira mostra que 55% dos paulistanos consideram "ruim" ou "péssima" a reação da presidente Dilma diante dos protestos que aconteceram em várias capitais brasileiras. Uma pequena parcela de 15% avalia a atuação como "ótima" ou "boa", e 27% a consideram "regular". Na pesquisa anterior, feita no dia 18, a parcela dos que reprovavam a atuação de Dilma era de 49%.
Dilma tomou a decisão de falar à Nação nesta manhã. Reunida com seu núcleo duro, em Brasília, que inclui os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, ela decidiu que iria se pronunciar, com veemência, em defesa da democracia, mas também da ordem, rechaçando de forma contundente todos os atos de violência.
Ela, que acompanhou tudo pela televisão ontem à noite, ficou especialmente assustada com o vandalismo em Brasília, onde o Palácio do Itamaraty, obra-prima da arquitetura mundial, foi atacado, e no Rio de Janeiro, onde houve tentativa de invasão à prefeitura e um repórter da GloboNews, Pedro Vedova, foi atingido com uma bala de borracha na testa.
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