A pesquisa foi feita em duas vias - nas avenidas Brasil e André Araújo - no dia 5 de junho utilizando a contagem manual e fotográfica de ciclistas, que permite ver e rever vários itens correspondentes ao deslocamentos por bicicletas. Cento e quarenta pessoas foram envolvidas no projeto, que casou perfeitamente com um dos trabalhos desenvolvidos pelo Implurb: o da Ciclovia Boulevard-Ponta Negra, que prevê 14,6 km para uso de bikes, passando pela Avenida Brasil.
O projeto para a implantação da ciclovia está em fase final de ajustes para ser incluída em um dos lotes de obras que serão licitadas nos próximos meses pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). “Nossa prioridade de administração e compromisso público é com todos os modais, do transporte público ao pedestre, com equilíbrio. Temos a Nova Djalma Batista, que terá calçadas universais para o pedestre, e a Ciclovia Boulevard-Ponta Negra, que atenderá aos ciclistas. A ciclovia está sendo produzida porque olhamos para as plataformas da cidade e dentro da estrutura delas vamos adaptando o que podemos, para dar mobilidade urbana à capital”, explica Roberto Moita.
A pesquisa apresentada constatou que a avenida Brasil é um foco de mobilidade via bicicleta, mas observou também a necessidade de campanhas educativas de segurança no trânsito. “Poucos usam capacete e respeitam as leis de trânsito, porque pedalam na contramão. E o número de mulheres pedalando é muito baixo, em razão da falta de segurança. Os homens são mais ousados”, disse uma das coordenadoras do Pedala Manaus, Simone Russo., em reunião nesta terça-feira, 3, na sede do Implurb.
A pesquisa ‘Contagem de Bicicletas – André Araújo/Avenida Brasil’ comprova a necessidade de uma atenção a um plano cicloviário para a Compensa e de educação de trânsito para todos os usuários, de quem pedala a quem dirige ou anda a pé. “Nós tivemos conhecimento da ‘Ciclovia Boulevard-Ponta Negra’, com trechos de ciclofaixa e uso compartilhado, mas aqui no Implurb recebemos outros detalhes. Manaus começa a ter preocupação com aquilo que o prefeito (Arthur Virgílio Neto) colocou como garantias de melhoria para a cidade. E casa perfeitamente com o resultado que contamos nas ruas”, assinalou Simone.
Djalma Batista
Durante a apresentação dos dados coletados, o Pedala Manaus aproveitou para tirar dúvidas sobre o projeto da Nova Djalma Batista, apresentado na terça-feira, dia 2. Aproveitando o momento, o presidente do Implurb explicou que toda a equipe de engenheiros, arquitetos e técnicos do órgão estudou com afinco diversas formas para abrigar os ciclistas na avenida, no desenho de requalificação.
“Hoje a plataforma viária em questão está saturada e é insuficiente para circulação de ônibus, carros e bikes. O sistema viário na Djalma Batista atual não permite a segregação de uma faixa para ciclovia, em razão do tamanho da plataforma”, explicou Roberto Moita.
Só restaria o compartilhamento com uma ciclofaixa, solução que não foi considerada segura em razão da velocidade média da caixa viária. “Garantimos que o incentivo ao modal bicicleta é um compromisso da gestão atual, mas desde que se tenham as condições de segurança mínimas. Antes do lançamento da Nova Djalma Batista, o Implurb fez o anúncio da Ciclovia Boulevard-Ponta Negra, que passa pela avenida Brasil, cujo projeto entrará nos lotes de licitação da Seminf”, disse o diretor do Implurb.
Após a explicação, Simone Russo, do grupo de pedal, afirmou que as questões técnicas de infraestrutura e segurança que tornaram inviáveis a ciclovia na Djalma Batista esclareceram as dúvidas que tinham quanto ao projeto. “Não é possível ter ciclofaixa na Djalma Batista por conta do fluxo de veículos e da velocidade. A ciclovia sim, seria uma solução, mas entendemos que é inviável diante da plataforma atual da via, assim como reduzir o espaço para o pedestre”, assinalou a coordenadora.
NÚMEROS AVENIDA BRASIL (levantamento feito nas esquinas das ruas Oscas Borel e São Pedro - Compensa)
Média de 96 ciclistas por hora
35% Av. Brasil sentido Ponta Negra
39% Av. Brasil sentido Centro
23% Av. Brasil cruzamento com as ruas Oscar Borel e São Pedro
1.139 homens
12 mulheres
63% pela rua na mão
37% pela rua na contramão
97% sem capacete
24% de serviço: normais, cargueiras e triciclos
NÚMEROS ANDRÉ ARAÚJO (levantamento feito nas esquinas com as ruas Gabriel Gonçalves e Otávio Cabral - Aleixo)
Média de 19 ciclistas por hora
37% Av. André Araújo sentido Complexo Gilberto Mestrinho
48% Av. André Araújo sentido Centro
221 homens
7 mulheres
80% pela rua na mão
20% pela rua na contramão
12% sem capacete
36% de serviço: normais, cargueiras e triciclos
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