Por meio de uma carta aberta direcionada ao presidente da CVM, Leonardo Pereira, o investidor Rafael Ferri alerta para uma venda suspeita de ações dias antes de a OGX anunciar que não tem mais tecnologia para extrair petróleo de seus poços. Dados da OGX mostram que Eike vendeu cerca de 56 milhões de ações da empresa entre 7 e 13 de junho. Em maio, outra operação efetuou a venda de mais de 70 milhões de ações.
As duas enormes negociações levantaram para o ainda bilionário R$ 75,4 milhões, no caso da mais recente, e R$ 121,8 milhões na de maio. "Ou seja, cerca de 20 dias antes de a OGX divulgar publicamente para o mercado o fato de que muitos poços de petróleo não eram viáveis economicamente, e a cotação da respectiva ação despencar, o bilionário discretamente vendeu 126 milhões dessas ações", diz trecho da carta de Ferri.
"O Sr. Eike Batista, quando vendeu suas ações, já não sabia que a empresa não era completamente viável? Ou foi somente uma coincidência?", questiona o investidor, que abriu pedido formal para a investigação contra Eike. Em nota, a CVM confirmou estar investigando o caso. Ferri disse acreditar também que a promessa de que o empresário depositaria R$ 1 bilhão na petroleira é apenas uma manipulação psicológica de mercado por parte de Eike Batista.
Ajuda do BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que chegou a emprestar R$ 10,4 bilhões a Eike Batista, contribui agora na busca de investidores para os projetos do empresário, informa reportagem d´O Estado de S.Paulo desta quinta-feira 18. As prioridades seriam o Porto do Açu, em obras no Rio de Janeiro, e ativos da mineradora MMX. A OGX, principal motivo dos problemas financeiros de Eike, não estaria na lista, de acordo com o jornal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário