segunda-feira, 1 de julho de 2013

Enchente: Quase 40 municípios do Amazonas estão em estado de emergência

MANAUS - A vazante dos rios amazônicos nem sempre é sinônimo de alívio imediato em uma cidade atingida pela cheia. Os impactos da elevação do nível dos rios costumam permanecer durante semanas após o início da descida das águas. O último balanço divulgado pela Associação Amazonense de Municípios (AAM), na última sexta-feira (28), inclui 39 cidades em situação de emergência.


Segundo a AAM, a Instrução Normativa nº. 1/2012 do Ministério da Integração Nacional estabelece validade de 180 dias para o estado de emergência. O prazo justifica o montante de municípios que permanece alarmado com a água dos rios. A associação informou que as cidades mais afetadas estão na região do Baixo Amazonas, que abrange os municípios de Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá, Parintins, São Sebastião do Uatumã e Urucará.

Uma das cidades que ainda sofrem com impactos mesmo em período de vazante é Lábrea. Segundo o prefeito Tabira Ferreira, a vazante começou, mas de forma muito lenta, principalmente nas calhas do Purus (onde se localiza o município), Juruá e Alto Solimões. O prefeito justifica a manutenção do estado de emergência ao mês em que a situação foi decretada: abril. "A água começou a baixar, mas ainda não há sequer sinal de praia, ou seja, ainda falta muito para os rios atingirem os níveis normais", afirmou.

"Mesmo quando as águas baixarem significativamente em todo o interior não significa que os problemas sociais, humanos e de infraestrutura estarão resolvidos. Temos muita coisa para reconstruir, desde casas a escolas além do atendimento das áreas rurais e comunidades ribeirinhas afetadas", explicou Ferreira.

O último boletim de monitoramente hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), datado de 21 de junho, aponta que as bacias dos rios Negro, Solimões, Madeira e Amazonas já apresentam sinais de vazante.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, as cidades em estado de emergência ainda recebem ajuda humanitária. Os mantimentos incluem colchões, material de higiene, produtos de limpeza e medicamentos. O órgão informou que mesmo com a vazante os impactos da cheia permanecem. A Defesa Civil estima que 57 mil famílias – cerca de 270 mil pessoas – sofreram com efeitos da cheia dos rios em 2013.

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