domingo, 21 de julho de 2013

Papa será recebido com protestos no Brasil

RJ - Está sendo chamada, para esta segunda-feira, uma grande manifestação diante do Palácio Guanabara, quando o papa Francisco será saudado pela presidente Dilma Rousseff, pelo governador Sergio Cabral e pelo prefeito Eduardo Paes. Convocado pelo grupo de ativistas digitais Anonymous, o "Grande Ato Papa, veja como somos tratados", pretende aproveitar o foco da mídia global na visita de Francisco I e, assim, chamar atenção para os problemas nacionais.


Os manifestantes pretendem se concentrar às 18h no Largo do Machado, no Flamengo, e de lá seguir para o Guanabara, sede do governo estadual, que já foi palco de manifestações violentas desde o início da onda de protestos. "Não se trata de um protesto contra o papa nem a Igreja Católica", diz um texto postado pelo grupo Anonymous. "A ideia é aproveitar a presença do papa, de seus turistas e da mídia global durante a celebração em Copacabana. Será mais um grito contra a corrupção e por serviços públicos mais dignos. Mas esse evento não é restrito a temas, cada um pode ter seu próprio pedido (...) seja lá qual for a sua ideologia de pensamento", diz a convocação.
Neste domingo, antes de embarcar para o Brasil, o papa Francisco pediu aos fiéis que “orem” por ele. “Peço que me acompanhe espiritualmente com a oração em minha primeira viagem apostólica que começa amanhã”, afirmou. Francisco ainda dedicou parte do Angelus à sua viagem ao Brasil. “Como sabem, vou ao Rio de Janeiro, no Brasil, para a 28a Jornada Mundial da Juventude”, disse. “Pedimos a intervenção da beata Virgem Maria, tanto amada e venerada naquele País, nessa nova etapa da grande peregrinação juvenil através do mundo”, completou.
O Anonymous nega a intenção de realizar um protesto contra a Igreja Católica, mas um site ligado ao grupo menciona as supostas ligações do cardeal Jorge Mario Bergoglio, papa Francisco, com a ditadura militar argentina:
O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, jesuíta de 76 anos, arcebispo da cidade de Buenos Aires foi eleito como novo Papa com o nome de Francisco I, em homenagem a São Francisco de Assis, o santo dos pobres. Por detrás da propaganda sobre a origem latino-americana e da suposta “sensibilidade” com a miséria, se esconde uma figura sórdida e representante da direita. Bergoglio foi um dos colaboradores da Igreja Católica argentina com a sanguinária ditadura de Jorge Rafael Videla. Nada de novo para a direita religiosa. O Papa Pio XII havia impulsionado a Hitler no ascenso ao poder e foi um grande apoiador de Mussolini.
Embora tenha sido recebido a recomendação de usar um veículo blindado, o pontífice recusou a recomendação e irá desfilar num papamóvel aberto pelas ruas do Rio de Janeiro.
De acordo com secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a cidade está preparada para recebê-lo. “O planejamento de segurança para a visita do papa está pronto. Com relação a questões de segurança pública cotidiana, como violência, criminalidade, não há problema nenhum. Estamos prontos para receber o papa. Agora, temos a possibilidade de manifestações, para a qual temos que dar um tratamento diferenciado. Temos que ficar atentos para ver, ali na frente, o que pode ou não acontecer”, disse o secretário.

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