O presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Marcos Cavalcante, não conseguiu convencer a todos os vereadores, principalmente os da bancada de oposição, sobre a proposta de R$ 2,80 no valor da tarifa técnica para o novo sistema de transporte coletivo de Manaus, que será implantado na cidade com a vinda de 858 novos ônibus, previsto para chegarem em 180 dias. A presença de Cavalcante na CMM foi durante Audiência Pública realizada hoje (23), no plenário da Casa, e que se estendeu além das 14 horas.
A sessão foi requerida pela vereadora Vilma Queiroz (PTC), que é a ouvidora da CMM, e foi motivada pelo grande número de reclamações da população sobre os critérios utilizados para definir o valor da nova tarifa. Vilma informou que já conversou com o presidente da Comissão de Transportes, Viação e Obras Públicas da Casa, vereador Jaildo dos Rodoviários (PRP), acertando o enviou de um ofício da CMM à SMTU solicitando os estudos técnicos que apontaram o valor de R$ 2,80 para a tarifa do transporte coletivo de Manaus. A vereadora explicou que, de posse desses estudos, ela vai propor que se faça um novo estudo para definir, não apenas a tarifa técnica, mas também a tarifa econômica e social. “Nós temos que ter isso muito bem esclarecido. Acredito que haja sim a possibilidade de termos uma tarifa menor, mais leve para o trabalhador que utiliza essa forma de transporte”, argumentou. O presidente da CMM, Isaac Tayah (PTB), disse que o assunto não está finalizado e que ainda será necessário mais debates para se chegar a uma tarifa justa e transparente. Por conta disso, ele informou que já está providenciando audiências dentro da Comissão de Transporte da Casa, com a participação do Ministério Público, técnicos da Ufam e os estudantes que também são parte interessada no processo. “Essa audiência foi importante. Nós começamos a entender um pouco de planilha do transporte coletivo. Mas precisamos ampliar o debate. Não podemos aceitar tudo que o presidente da SMTU informou. Temos de ter uma outra planilha para contrapor a planilha oficial”, argumentou. Depois de fazer uma ampla explanação sobre a planilha que apontou a tarifa técnica de R$ 2,80, o presidente da SMTU enfatizou que quem define a tarifa não é o prefeito e, sim os índices econômicos. Ele garantiu que a nova tarifa só será praticada com a chegada dos novos ônibus no sistema. Além de Marcos Cavalcante e dos vereadores, participaram ainda da Audiência Pública de hoje, o presidente da Comissão Especial de Licitação, Ivson Coelho da Silva; e o diretor de transportes, Paulo Henrique Martins, ambos da SMTU, mais o presidente no Sinetran, Ayr José, e o presidente do Corecon, Erivaldo Lopes do Vale.
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