sexta-feira, 17 de maio de 2013

Caso de suposto sequestro é concluído em Manaus

MANAUS - Um caso sobre suposto sequestro de uma criança de oito meses em Manaus foi esclarecido nesta sexta-feira (17) pela Delegada Linda Gláucia Moraes, Titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). A mãe biológica confessou que mentiu sobre o suposto sequestro da criança e que na verdade havia doado o filho para que outra mulher o criasse. A criança, atualmente com um ano, foi localizada por meio de investigações realizada por Policiais Civis.

A mãe biológica tem 30 anos e é natural do município de Careiro da Várzea, distante 25 quilômetros em linha reta da capital. Ela teria vindo em dezembro de 2012 para Manaus para acompanhar o tratamento de saúde do filho no Pronto-Socorro da Criança, na Zona Sul da cidade. Conforme a Delegada Linda Gláucia, as mães biológica e adotiva se conheceram no hospital, quando a mãe biológica ofereceu o filho, na época com oito meses, para que a mulher o criasse.

Conforme a Delegada Linda Gláucia, ao retornar ao Careiro da Várzea, a mãe havia dito para o marido e para a família que o filho havia sido sequestrado. “O pai fez o registro do sequestro no dia 16 de janeiro aqui na DEPCA e desde então começamos a investigar o suposto sequestro. Só no dia 22 de março a mãe confessou que deu o filho porque não tinha condições de criar a criança”, disse. Além do menino, a mãe biológica tem mais dois filhos.

A mãe adotiva, a dona de casa Ângela de Almeida Lopes, 38, afirmou que aceitou criar o menino porque a mãe biológica havia dito que abandonaria o filho na rua ou o daria para qualquer pessoa. “Eu acompanhei a recuperação dele no hospital, levei fralda. Ela até pediu dinheiro, mas eu não dei. Quando eu recebi a criança ela não quis nem saber onde eu morava, mas eu sabia que ela é de Careiro da Várzea. Ela me entregou a criança toda suja e ferida. Eu cuidei do bebê e nunca deixei que faltasse algo a ele”, afirmou Ângela.

A mulher foi indiciada por subtração de incapaz e responderá pelo crime em liberdade. “Eu vou lutar pela guarda dele”, declarou Ângela. Segundo a Delegada Linda Gláucia, a criança será entregue ao Conselho Tutelar. “Vamos enviar o caso para lá e o Juizado da Infância e Juventude vai decidir com quem ficará o bebê”, disse. A mãe biológica não responderá por nenhum crime, mas não poderá ficar com a guarda do menino.

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