sábado, 4 de maio de 2013

Eike Batista deverá receber pelo menos R$ 125 milhões de ajuda do Governo


SÃO PAULO - Enquanto as empresas do grupo EBX degringolam financeiramente, o bilionário Eike Batista continua a buscar – e a conseguir – ajuda do governo federal. O resgate ao empresário tem avançado tanto por meio da Petrobras, que pretende socorrê-lo com negócios no Porto de Açu, como pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que injetará no mínimo R$ 125 milhões no aumento de capital da MPX, do ramo de energia.
Em sua coluna desta sexta-feira, o jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, informou que embora a estatal petroleira não pretenda se tornar sócia do porto em construção no Rio de Janeiro com liderança da LLX – que já recebeu multas milionárias por irregularidades nas obras e tem enfrentado objeções ambientais do governo estadual –, pode contratar serviços do terminal. Além disso, estuda adquirir equipamentos parados da petroleira OGX.
Leia abaixo.
Porto à vista
A Petrobras continua conversando com Eike Batista, que enfrenta grandes dificuldades. A estatal não pretende ser sócia do Porto do Açu, mas pode contratar serviços do terminal.
Segue...
Numa outra frente, a Petrobras pode absorver alguns equipamentos ociosos destinados à OGX. É que a empresa de Eike se equipou para uma produção de óleo bem acima do que realmente produz.
Além do desemprego que seria provocado, o governo federal tem receio de que um colapso das empresas de Eike possa espantar investidores do País. Em novembro do ano passado, a siderúrgica estatal chinesa Wuhan Iron and Steel Corporation (Wisco), sócia do brasileiro pela mineradora MMX, pulou fora e arquivou sua participação no Porto de Açu, alegando falta de infraestrutura. A saída dos chineses causou uma péssima impressão.
BNDES
Outro socorro a Eike virá ainda do BNDES no mês que vem. O banco estatal, presidido por Luciano Coutinho, deverá liberar no mínimo R$ 125 milhões à MPX, que pretende efetivar seu aumento de capital. Acionista da empresa com 10,34%, o banco deve acompanhar a operação, que terá garantia do BTG Pactual e foi decidida depois do aumento de participação da alemã E.ON, no fim do mês passado.
Na avaliação do BNDES, a MPX é a empresa mais saudável do grupo de Eike Batista e aporte deve ficar bem acima desse valor. O banco também se diz "tranquilo" em relação à exposição às empresas do grupo EBX pela empresa de energia. A declaração já foi feita publicada pelo próprio presidente do banco, Luciano Coutinho.

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